Na reunião do executivo que aconteceu esta terça-feira de manhã, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia considerou que é "muito importante" a construção do hotel na escarpa da Serra do Pilar. As declarações são de Eduardo Vítor Rodrigues, atual Presidente da Câmara Municipal de Gaia, depois da primeira versão do projeto da Douro Azul ser chumbada pela Direcção Regional de Cultura do Norte.

A primeira versão do projeto de arquitetura para a construção do hotel na escarpa de Gaia, autoria do empresário Mário Ferreira, foi chumbada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN). O jornal Público avança que o parecer negativo da entidade, que é vinculativo, deve-se à “volumetria excessiva” da construção, que aproveita ruínas de uma fábrica de cerâmica antiga, próxima do Mosteiro da Serra do Pilar. No âmbito da reunião do executivo, o Presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, diz que "este projeto é muito importante para o concelho de Vila Nova de Gaia porque reforça a sua capacidade hoteleira e, consequentemente, a sua atratividade turística” criando assim novos postos de trabalho.

De acordo com Eduardo Vítor Rodrigues, citado pelo Notícias ao Minuto, a Câmara Municipal não tem intervenção nesta fase do projeto. No entanto, o Presidente garante que este parecer da DRCN “lança pistas” do que é necessário corrigir para que o projeto da Douro Azul na escarpa de Gaia “seja digno”. O autor do projeto, segundo o jornal Público, não concorda com os argumentos invocados pela direção geral visto que "o volume que vai ser aprovado não vai ser tão diferente do que foi apresentado. Não concordamos, mas vamos apresentar um segundo projecto rapidamente para não perdermos mais tempo e porque queremos andar em frente com a obra", ressalva. O autarca espera que o empresário Mário Ferreira "agilize as alterações" para que o processo possa avançar.

O investimento previsto para este empreendimento é de 15 milhões de euros e Mário Ferreira conta com um apoio de 45% do Portugal 2020, num empréstimo com três anos de carência, reembolsável em sete anos, com 0% de juros. “Nós colocamos 30% de capitais próprios e 25% virá de financiamento bancário”, explicou o autor do projeto, ressalvando ainda a importância do apoio comunitário para avançar com o projeto.