Banco de Inovação Social recebeu mais de 700 candidaturas, o dobro do previsto

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mai (Lusa) -- Mais de 700 candidaturas para a criação de emprego próprio e negócios sociais foram apresentadas ao Banco de Inovação Social, um número que "superou amplamente" as expectativas, disse hoje a responsável pelo projeto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Há um mês a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e uma rede de 25 parceiros lançaram uma plataforma que visa apoiar 50 projetos de criação de negócios próprios apresentados por desempregados, pessoas em situação precária ou à procura do primeiro emprego, mas também negócios sociais.

A fase de candidaturas começou a 01 de maio e terminou na sexta-feira. Dados divulgados à agência Lusa indicam que às 00:00 tinham sido apresentados 764 projetos, mais do dobro das estimativas iniciais da SCML.

Em declarações à Lusa, a diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da SCML afirmou que os mentores do projeto estão "muito satisfeitos" com a participação dos portugueses, que "supera amplamente aquilo que tinha sido previsto".

Maria do Carmo Marques Pinto adiantou que, durante o período de candidaturas, o BIS respondeu a cerca de 2.000 pedidos de esclarecimentos de pessoas interessadas em candidatarem-se.

"O balanço é muito positivo no que diz respeito à participação", mas também a nível "geográfico, que excedeu muito a região de Lisboa", disse a responsável.

"O Banco de Inovação Social é de âmbito nacional, mas estava fora das nossas expectativas chegar tão longe", explicou, avançando que houve muitas candidaturas do Porto, do Algarve, da zona Centro, do Alentejo e das ilhas da Madeira e dos Açores.

A responsável adiantou que metade das candidaturas é para criação de negócios próprios e a outra metade para negócios sociais, que devem responder a quatro necessidades identificadas pela plataforma: a promoção do envelhecimento ativo, o combate ao abandono escolar, o combate ao desperdício e o combate ao desemprego.

"Estávamos à espera de mais candidaturas para a criação da própria empresa do que negócios sociais", disse Maria do Carmo Marques Pinto, adiantando que na área dos negócios sociais houve mais pessoas singulares do que coletivas a candidatarem-se.

O Banco de Inovação Social já começou a analisar os projetos e verificou que "há uma grande participação feminina" e de muitos jovens à procura do primeiro emprego, que "arriscam a criar a sua própria empresa", revelando "um grande espírito empreendedor", sublinhou.

No final do mês, os 50 selecionados irão ser convocados para fazer uma apresentação do seu projeto e no próprio dia o Conselho Operacional do BIS divulgará os vencedores.

Maria do Carmo Marques Pinto avançou à Lusa que, "dadas as circunstâncias e o número de candidaturas apresentadas, é possível haver uma decisão no sentido de apoiar mais projetos".

O BIS criou "o primeiro fundo de investimento social do país", no qual participa a SCML e o Montepio, que se destina a apoiar "negócios de excelência, facilitar o acesso ao crédito e investir em negócios sociais".

HN // HB

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