Secretário de Estado das Comunicações não teve "informação prévia" da venda de posição da CGD na PT

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 25 out (Lusa) -- O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, afirmou hoje que não teve "qualquer informação prévia" sobre a decisão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de vender a sua participação na PT.

"No caso da secretaria de Estado com a tutela das Comunicações, não tínhamos a informação prévia dessa decisão", afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem do colóquio "A Nova Lei-Quadro das Entidades Reguladoras", organizado pelo CEDIPRE -- Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

"Nem tínhamos que ter", fez questão de acrescentar, depois de sublinhar que não podia responder pelo "Governo como um todo.

A CGD saiu na quinta-feira da estrutura acionista da Portugal Telecom (PT), em que era o terceiro maior acionista, com a venda dos 6,11% que detinha na empresa por 190,6 milhões de euros.

Quando foi conhecida a intenção de venda da CGD, o presidente executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, disse, em declarações ao Jornal de Negócios, que se sentia triste por "ver alguns indivíduos e instituições a desistir de Portugal". O jornal já tinha noticiado, sem citar fontes, que a administração da Portugal Telecom considerou "inoportuna" a venda das ações pela CGD, quando está a ser negociada a fusão com a brasileira Oi, sendo suscetível de "enfraquecer a posição portuguesa".

Em reação, o vice-presidente da CGD, Nuno Fernandes Thomaz, interpelado sobre o tema numa cerimónia de entrega de prémios, sublinhou que o banco público "não" desistiu do país e que, pelo contrário, o banco "aposta ainda mais no país" através do enfoque no financiamento às empresas.

Ainda na declaração enviada à Lusa, a CGD relembrou que a alienação da participação na PT se insere na estratégia de venda de ativos não estratégicos seguida desde 2011, com a intenção "de se focar no seu negócio e de alienar todas as participações que detinha em empresas não financeiras".

"Com esta alienação, a CGD dá mais um passo no sentido de, igualmente, cumprir as obrigações que decorrem do memorando de entendimento celebrado entre o Estado Português e a 'troika', bem como das exigências do seu plano de reestruturação", acrescenta o banco público.

O banco liderado por José de Matos disse ainda que a operação "superou" as suas expectativas ao vender "uma participação relevante com um desconto significativamente menor do que a média do mercado".

APL (IM/ALU) // ATR

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Montenegro tem "comportamentos rurais" e Costa é "lento por ser oriental", aponta Marcelo 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem "comportamentos rurais" e que o seu antecessor, António Costa, é "lento por ser oriental". As declarações foram proferidas, na noite desta terça-feira, durante um jantar com jornalistas estrangeiros. 

Marcelo defende que não fez apreciações ofensivas e que Montenegro "vai surpreender"

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira as afirmações que lhe foram atribuídas num jantar com jornalistas estrangeiros na terça-feira, considerou que não fez apreciações ofensivas e que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "vai surpreender".

PSD/Matosinhos visa responsáveis sobre funcionário suspeito de agressão sexual a menores 

O PSD/Matosinhos exigiu esta quarta-feira em comunicado o apuramento da entidade responsável pela contratação e verificação de antecedentes criminais de um funcionário suspeito de molestar cinco menores numa escola primária local, entre setembro de 2020 e abril de 2021.