Anestesistas do Centro Hospitalar do Alto Ave denunciam "ilegalidades e riscos"

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Porto Canal / Agências

Guimarães, 24 out (Lusa) - Os anestesistas do Centro Hospitalar do Alto Ave denunciaram a existência de "ilegalidades" e "riscos" no Serviço de Anestesiologia e acusam o Conselho de Administração de "prepotência" e "retaliação", alertando para a possibilidade de "incidentes com dano maior".

Numa carta, a que a agência Lusa teve acesso, dirigida ao bastonário da Ordem dos Médicos e aos responsáveis do Colégio da Especialidade, da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato Independente dos Médicos, os profissionais acusam ainda a diretora clínica do hospital de "destacar Internos da especialidade para assegurar, sozinhos, sem tutela" intervenções cirúrgicas.

Contactado pela Lusa, o conselho de administração do Centro Hospital do Alto Ave (CHAA), nega a situação descrita pelos profissionais de anestesiologia, garantindo que "todos os doentes são anestesiados em condições de segurança".

Segundo o documento referido, a reformulação geral dos horários de trabalho, ocorrida em julho, originou uma "rutura do Serviço, com incapacidade de destacar anestesiologistas particularmente para períodos de cirurgia programada e exames complementares, agora a descoberto com os novos horários".

Isto porque, explica o texto, como consequência "expectável", a disponibilidade dos profissionais para "realizar horas extraordinárias diminuiu" uma vez que alguns profissionais ultrapassavam já o limite legal anual de horas extraordinárias.

Assim, os anestesistas do CHAA denunciam que "nos últimos meses" o serviço de anestesiologia tem vivido "situação anómala, indutora e potenciadora de conflitos, ilegalidades e riscos, para os próprios e para os doentes".

Perante a situação descrita, acusam aqueles médicos, o conselho de administração assumiu uma "posição prepotente e retaliatória, ameaçando não autorizar Comissões Gratuitas de Serviço, alterar unilateralmente períodos de férias e não atribuir incentivos".

Os anestesistas denunciam também uma situação que consideram "mais grave ainda" ao acusarem a diretora clínica, "ultrapassando a autoridade do diretor do serviço, desprezando o seu conhecimento das características dos seus subordinados", de "à sua exclusiva responsabilidade, destacar Internos da especialidade para assegurar, sozinhos, sem tutela, a incumbência de anestesiar" pacientes.

Os profissionais de saúde justificam as denúncias com a "obrigação" de "solicitar análise" da situação que descrevem para que esta seja resolvida alertando para a possibilidade de surgirem "incidentes com dano maior".

À Lusa, a administração do CAHH garantiu que "todos os médicos foram escalados no estrito cumprimento das normas legais" e, especificamente sobre a denúncia de que médicos internos procederam a anestesias sozinhos, assegurou que todos os doentes são anestesiados em condições de segurança."

Entretanto, o diretor do serviço de anestesiologia do CHAA, Carlos Correia, que se encontrava em período de férias em Angola a dirigir uma ação de formação a médicos angolanos, foi esta segunda-feira, dia 21, substituído, tendo tomado conhecimento dessa decisão pelo portal do hospital.

JYCR // MSP

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