Exportações vão empurrar crescimento da zona euro em 2014 -- Moody's

| Economia
Porto Canal / Agências

Londres, 24 out (Lusa) -- A Moody's Analytics disse hoje esperar que o crescimento económico na zona euro, em 2014, assente nas exportações, apesar de ressalvar que a dependência destas pode vir a constituir um risco para alguns países.

Numa nota de oito páginas, o braço da agência de notação financeira dedicado às previsões económicas refere que "um desdobramento do Produto Interno Bruto (PIB) da região sugere que várias mudanças estruturais estão a fazer com que muitos países da zona euro se tornem mais dependentes das exportações para crescer", sublinhando um aumento de mais de 10% do rádio de exportações face ao PIB nos últimos quatro anos.

"Prevemos que a recuperação da zona euro seja conduzida pelas exportações em 2014. Países com menores níveis de dívida total, como a Alemanha e a França, vão crescer primeiro", escreve, em comunicado, o diretor de economia europeia da Moody's Analytics, Petr Zemcik.

Para Zemcik, o "consumo e o investimento privado vão crescer gradualmente, enquanto a despesa pública vai estagnar por causa dos ajustamentos orçamentais contínuos. A dependência das exportações constitui um risco-chave se as economias nos EUA ou nos mercados emergentes fraquejarem".

A empresa lembra que, sem contar com o progresso em direção a uma união bancária e orçamental, o mercado de trabalho dos países da moeda única revela-se uma "fonte de preocupação".

"A taxa de desemprego permanece acima dos 12% na zona euro e atingiu 26,3% em Espanha e 27,4% na Grécia. Nestes países, a população ativa tem duas classes de trabalhadores: os que estão protegidos por contratos permanentes e regulares acordos sindicais e aqueles, geralmente mais jovens, sem tais proteções", refere a Moody's Analytics.

Segundo a nota divulgada hoje, "os maiores riscos são internos", uma vez que o progresso feito para a integração orçamental e bancária tem sido "tangível, mas modesto" e as coligações em Itália e Chipre são "frágeis ou fluidas", ao que acresce a situação grega.

TDI // VC

Lusa/fim

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