Matosinhos, 24 out (Lusa) - O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, vai sugerir à APDL que uma das soluções alternativas para a circulação do tráfego devido à avaria na ponte móvel seja a passagem por dentro do Porto de Leixões.

A circulação automóvel e pedonal na ponte móvel do porto de Leixões, em Matosinhos, continuará interrompida durante pelo menos "um ou dois meses", na sequência da avaria registada na quarta-feira de manhã.

Hoje, em declarações à agência Lusa no final da reunião pública da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto explicou que a autarquia vai "acompanhar de perto as diligências" feitas pela Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL).

"Eu confio na APDL mas quero ter a certeza que as opções que eles vão fazer não são apenas opções que tenham a ver com o interesse da APDL mas opções que também têm a ver com os interesses de Matosinhos", justificou.

O presidente da autarquia sublinhou o "prejuízo grave para os matosinhenses" desta situação, acrescentando que com a "ponte grande em obras, as ligações da cidade estão um pandemônio".

"Nem todas as alternativas estarão ainda equacionadas, particularmente de tráfego, e eu gostaria de repor nesta circunstância, pelo menos, as soluções que houve durante a construção da ponte que é a possibilidade de circular internamente pelo Porto de Leixões", antecipou.

Depois de hoje ouvir os membros da câmara, Guilherme Pinto vai agora voltar a contactar com a APDL para poder, em conjunto, encontrar soluções.

"Perceber que este tipo de acontecimentos, que não são da responsabilidade de ninguém, justificam uma postura por parte da APDL relativamente ao município de Matosinhos que fazem refletir na necessidade de uma responsabilidade social maior", considerou.

Hoje, O presidente da APDL, Brogueira Dias, disse à agência Lusa que a vistoria entretanto efetuada revelou que uma das rótulas que integra o complexo sistema de elevação da ponte "não está a funcionar em pleno" e terá que ser substituída.

Contudo, e dado o muito limitado número de pontes móveis deste tipo, a peça não está disponível no mercado, pelo que terá que ser propositadamente fabricada.

A ponte móvel de Leixões, que assegura a ligação para veículos e peões entre Matosinhos e Leça da Palmeira, foi construída em 2007 em substituição da anterior, com um custo de 12,8 milhões de euros comparticipados em 45% por fundos comunitários.

A avaria na ponte móvel de Leixões manifestou-se pelas 08:30 de quarta-feira, após a elevação do tabuleiro da estrutura para permitir a passagem de um navio.

Segundo o administrador da APDL, durante todo o período de encerramento da circulação na ponte será assegurado 24 horas por dia um transporte gratuito de passageiros por autocarro, entre Matosinhos e Leça, através da A28.

JF (PD) // MSP

Lusa/fim