Lisboa, 31 mai (Lusa) - O secretário-geral da CGTP anunciou hoje uma greve geral para 27 de junho e assegurou que há consenso no sentido de convergência com a UGT e sindicatos independentes, de modo a concretizar "uma grande greve geral".

"Continuamos a privilegiar a unidade na ação e foram feitos vários contactos ao longo da semana que me levam a afirmar que há um vasto consenso no sentido de convergir com a UGT e com sindicatos independentes e concretizar dia 27 de junho em Portugal uma grande greve geral", disse Arménio Carlos em conferência de imprensa.

"É uma greve de todos e para todos e tem como objetivo salvar o país", acrescentou o sindicalista.

A CGTP marcou hoje uma greve geral para 27 de junho contra as medidas de austeridade que têm sido impostas ao país, por eleições antecipadas e por novas políticas económicas e sociais.

Na mesma data vão realizar-se concentrações em todas as capitais de distrito "para dar a possibilidade às populações de manifestarem publicamente o seu descontentamento".

A decisão foi aprovada por unanimidade e aclamação numa reunião extraordinária do Conselho Nacional da Intersindical.

O Conselho Nacional da CGTP-IN aprovou uma resolução em que manifesta a convicção de que "a Greve Geral vai ter a adesão de todos os que estão a ser vítimas da política do Governo do PSD/Passos Coelho e do CDS/Paulo Portas porque há 10 milhões de razões para apoiar e fazer a Greve".

"Se temos 10 milhões de habitantes temos 10 milhões de razões para fazer a greve geral", justificou Arménio Carlos aos jornalistas.

O sindicalista lembrou que o pré-aviso de greve que a Inter vai emitir abrange todos os trabalhadores, mesmo os não sindicalizados, por isso "todos podem aderir".

O líder da CGTP considerou que o orçamento retificativo que o Governo entregou no parlamento é mais um motivo para se fazer greve geral e não é um orçamento credível porque não tem em conta a situação real do país.

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