Governo angolano deixa de considerar prioritária cooperação com Portugal

Governo angolano deixa de considerar prioritária cooperação com Portugal
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Porto Canal

Angola deixou de considerar prioritária a cooperação com Portugal, anunciou hoje em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA) o ministro das Relações Exteriores angolano, que elegeu a África do Sul, China e Brasil como alternativas.

"Angola vai olhar para outros horizontes e vai pensar a sua política externa com outras prioridades. Temos outros parceiros também ou muito mais importantes", salientou Georges Chikoti.

Quanto à realização da primeira cimeira luso-angolana, inicialmente prevista para o final deste ano e adiada para fevereiro de 2014, o chefe da diplomacia angolana disse não ter "muita certeza" sobre a sua realização.

A entrevista, com excertos transmitidos no principal serviço de notícias da televisão estatal angolana, será integralmente transmitida ainda hoje, ao fim da noite, no novo programa TPA Global.

Georges Chikoti considerou ainda que "tem que haver por parte de Portugal algum respeito por entidades angolanas e talvez conseguir gerir bem esta relação, que não tem sido realmente a prática".

"E isso também afeta a elaboração de uma parceria estratégica porque, por parceria estratégica, queremos fazer muito mais do que aquela que temos (...) e o clima político não permite justamente a elaboração de uma política (de parceria estratégica) como essa", frisou.

Foi a primeira vez que um governante angolano se pronunciou sobre as relações luso-angolanas, depois de o Presidente José Eduardo dos Santos ter anunciado no passado dia 15, em Luanda, no discurso sobre o Estado da Nação, a suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal, apontando "incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual".

Em meados de setembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros português pediu desculpa a Luanda por investigações do Ministério Público português a empresários angolanos.

Rui Machete disse à Rádio Nacional de Angola (RNA) que as investigações não eram mais do que burocracias e formulários referentes a negócios de figuras do regime angolano em Portugal.

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