Câmara de Caminha unânime no repúdio ao "erro" do fecho das Finanças
Porto Canal / Agências
Caminha, 23 out (Lusa) - O executivo da Câmara de Caminha aprovou hoje, por unanimidade, uma moção de repúdio à possibilidade de encerramento da repartição de Finanças do concelho, assumindo que, a avançar, a medida representaria "um erro" do Governo.
Em causa está a possibilidade de encerramento daquele serviço no âmbito da aplicação do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado, pelo Governo, o que levou Miguel Alves, o novo autarca socialista de Caminha - nos últimos 12 anos o PSD liderou a Câmara - a apresentar esta moção de repúdio.
A autarquia afirmou em comunicado que a proposta foi aprovada por unanimidade (vereadores do PS e do PSD) nesta primeira reunião do novo executivo. Recorda ainda que a repartição de Finanças de Caminha tem uma "existência consolidada no concelho", sendo "um serviço público de proximidade às empresas e, sobretudo, aos cidadãos".
Por isso mesmo, Miguel Alves já fez saber que "a Câmara Municipal vai lutar para encontrar uma solução para que seja mantido este serviço de proximidade que afeta a vida social e económica do concelho".
Para esta quinta-feira está já prevista uma reunião do autarca socialista com o chefe da repartição de Finanças de Caminha, apelando a Câmara à "mobilização de toda a sociedade civil" para que "possa ser esclarecido o Governo do erro que seria o encerramento daquele serviço público".
"Para o autarca a aprovação desta moção significa força, coesão e unidade de toda a população de Caminha", sustenta o município, na mesma nota.
Também este mês, o deputado socialista Jorge Fão, eleito por Viana do Castelo, pediu ao Ministério das Finanças para clarificar se pretende encerrar repartições de Finanças em metade dos concelhos do distrito. O deputado questionou o ministério liderado por Maria Luís Albuquerque, na forma de requerimento, sobre se "confirma" que os concelhos de Caminha, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte da Barca e Valença "poderão ver encerradas as respetivas repartições de finanças".
Ou seja, em metade dos concelhos do distrito de Viana do Castelo.
O deputado justificou este pedido com as declarações de um membro do Governo e dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos, entre outras informações que apontavam "no sentido de proceder ao encerramento de um elevado número de repartições de finanças em todos os distritos do país, nomeadamente em Viana do Castelo".
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