Delfim Sardo na Culturgest com "toda a liberdade" para fazer seleção de artistas

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 15 jul (Lusa) - O curador Delfim Sardo, que vai substituir Miguel Wandschneider na programação das artes plásticas da Culturgest, em Lisboa, a partir de outubro, disse hoje que vai ter "toda a liberdade" para fazer a seleção de artistas.

"Foram essas as condições que garantiram, quando me fizeram o convite", indicou o curador de arte contemporânea, contactado pela agência Lusa.

Miguel Wandschneider, curador que se encontrava naquela instituição, há uma década, disse à Lusa, esta semana, que entendeu ter chegado a altura de sair e "iniciar um novo ciclo", embora ainda não saiba o que fará em seguida.

Delfim Sardo, 54 anos, foi convidado pelo administrador da Culturgest, Miguel Lobo Antunes.

"Aceitei porque o convite foi feito por ele [Miguel Lobo Antunes] e terei todo o gosto em trabalhar na Culturgest, que tem um passado muito importante, nas artes visuais em Portugal", disse Delfim Sardo.

É a segunda vez que o curador irá desenvolver a sua atividade numa grande instituição cultural no país. A primeira foi entre 2003 e 2006, quando dirigiu o Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

"É um pouco diferente, porque, na Culturgest, serei programador e, no CCB, estava como diretor", ressalvou, acrescentando que, agora, como programador de artes plásticas, "será uma situação muito interessante".

"Deram-me toda a liberdade para escolher os artistas e pareceu-me uma condição ideal", disse ainda, preferindo não revelar, até outubro, nada sobre as linhas da programação que irá assinar porque ainda não ocupou funções na Culturgest.

Nascido em Aveiro, Delfim Sardo é curador de arte contemporânea desde 1990.

Professor convidado do Colégio das Artes e da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi fundador e diretor da revista Pangloss, entre 1997 e 2003, consultor da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1999, comissário da representação portuguesa da 48.ª Bienal de Veneza e, em 2010, cocomissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza de Arquitetura.

Esta semana, contactado pela agência Lusa, Miguel Wandschneider, declarou que pediu para sair por "vontade de fazer outras coisas".

"É o fecho de um ciclo. É compreensível que, depois de um período longo e muito intenso de trabalho, haja algum desgaste e cansaço acumulado", disse o curador de 47 anos, acrescentando que não sabe ainda o que vai fazer a seguir.

"Estou muito satisfeito com o programa de exposições que fiz para a Culturgest, ao longo de quase onze anos. O balanço é positivo. Escolhi os artistas que quis, sem qualquer pressão para fazer uma seleção mais consensual ou mediática, o que é um luxo", avaliou o curador, que iniciou a atividade em 1997, com a exposição "Ernesto de Sousa: Revolution My Body", na Fundação Calouste Gulbenkian.

AG // MAG

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