Dona da Cabovisão com acordo de princípio para compra da Oni por cerca de 82ME

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mai (Lusa) - A Altice deverá comprar a Oni por cerca de 82 milhões de euros, mas subsistem ainda questões contratuais que têm de ser acertadas, disseram à Lusa responsáveis do setor.

De acordo com as mesmas fontes, há um princípio de acordo entre a Altice e os acionistas da Oni para a compra desta operadora de telecomunicações, especializada em redes de nova geração, que opera no setor empresarial e é liderada por Pedro Morais Leitão.

O valor falado ronda os 82 milhões de euros, mas poderá eventualmente ser acertado entre os 80 e os 90 milhões de euros, cerca de metade do valor de propostas de aquisição que a Oni chegou a receber no passado.

Contudo, existem ainda questões contratuais, processuais, regulatórias e concorrenciais que terão de ser acertadas, ou seja, não há um acordo fechado até estes procedimentos estarem definidos.

Os acionistas da Oni tinham até hoje para se entenderem quanto à proposta de compra apresentada pela Altice, dona da Cabovisão e detentora do maior operador francês de Cabo, a Numericable.

Tal como a agência Lusa noticiou anteriormente, o processo já se arrasta há vários meses, desde outubro, depois de o fundo francês Altice, fundado entre outros por Armando Pereira, de ascendência portuguesa, ter esbarrado nas divergências existentes entre os dois maiores acionistas da empresa que detêm a Oni - a Winreason -, que por sua vez é detida pela The Riverside Company, com 60,9%, e a Gestmin SGPS, com 34,6%.

Os bancos envolvidos e favoráveis ao negócio são o holandês ING e o britânico Barclays.

Após a aquisição da operadora de televisão por subscrição Cabovisão em fevereiro do ano passado por 45 milhões de euros à canadiana Cogeco, a Altice conseguiria com a compra da Oni a entrada no mercado empresarial, o alargamento da cobertura dos seus serviços a nível nacional, assim como a evolução para serviços de comunicações móveis, através da conversão da licença de wimax (acesso de banda larga), que a Oni tem, em licença de LTE (Long Term Evolution), ou seja, a quarta geração móvel.

Também em declarações anteriores à agência Lusa, o diretor-geral Cabovisão, João Zúquete da Silva, tinha já admitido a possibilidade de a operadora de telecomunicações passar a incluir na sua oferta o serviço de comunicações móveis.

Esta possibilidade poderá ser concretizada se a Cabovisão se transformar num operador virtual (MVNO) utilizando a rede dos operadores móveis como a Vodafone, a Sonaecom e a Portugal Telecom, ou através da transformação da licença de wimax que a Oni detém, como explicaram então as mesmas fontes.

A Lusa contactou a Altice e a Riverside Europe que não farão quaisquer comentários até haver um negócio concluído.

Ao longo do dia a Lusa contactou a Gestmin, que afirmou que "por agora" não está pronta para emitir um comunicado. A Oni também não quis comentar.

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Lusa/fim

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