BE acusa Governo de fazer "ataque brutal" à FP sem ter resposta para a economia

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 23 out (Lusa) -- O Bloco de Esquerda (BE) considera que a proposta de orçamento faz um "ataque brutal" aos salários dos funcionários públicos sem ter resposta para a economia, e questiona o Governo sobre a seriedade de chamar pontuais a estes cortes.

"Este orçamento é a memória de orçamentos passados, porque repete a maldade dos orçamentos passados mas acrescenta medidas. Este orçamento faz um ataque brutal aos salários dos funcionários públicos logo acima de 600 euros e faz isso sem uma resposta para a economia", acusou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, durante a audição da ministra das Finanças no Parlamento.

O deputado criticou ainda a estratégia seguida pelo Governo, dizendo que a prova de que está errada é que "todos os sacrifícios impostos aos portugueses em 2013 não tiveram qualquer impacto positivo nas contas públicas", após um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que dá conta de um défice orçamental em valor nominal, sem medidas pontuais, em 2013, quase igual ao de 2012, apesar de todos os aumentos de impostos.

O BE questionou ainda o Governo sobre a duração dos cortes salariais em todos os trabalhadores com um vencimento mensal superior a 600 euros, entre 2,5% e 12%, já que o Governo diz que são transitórios mas estão inscritos nos quadros apresentados pela Governante como parte das medidas permanentes.

"Diz-nos o governo que estes cortes são pontuais. São permanentes ou são pontuais? São permanentes como apresentou aqui no quadro à comissão ou são pontuais como diz o Governo?", questionou Pedro Filipe Soares.

O BE considera ainda que com as medidas incluídas na proposta de Orçamento do Estado para 2014 apresentada pelo Governo no dia 15 "não é possível ter um crescimento de 0,8% do PIB", como projeta o Ministério das Finanças e considera que este "é um orçamento de faz de conta".

NM/ND// ATR

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