Município de Esposende admite pedir estado de calamidade devido a mau tempo
Porto Canal
O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, admitiu hoje que poderá pedir a declaração de estado de calamidade, face aos elevados prejuízos provocados pelo mau tempo registado na madrugada de terça-feira.
Segundo o autarca, que falava em conferência de imprensa, os prejuízos ascenderão a "centenas de milhares de euros", mas o levantamento ainda está a ser feito, uma vez que se registaram "dezenas e dezenas" de casos.
Depois do levantamento feito, a Câmara vai avaliar se há enquadramento legal para avançar com o pedido de declaração do estado de calamidade.
"A nossa vontade era que sim", afirmou Benjamim Pereira, sublinhando que os prejuízos ascenderão sempre a "centenas de milhares de euros" e lembrando as "dificuldades financeiras" que os municípios enfrentam.
De acordo com os dados hoje revelados, as situações mais graves registaram-se em Gemesses e Rio Tinto, onde há vias cortadas ao trânsito, devendo o restabelecimento da circulação demorar uma semana.
Inundações no Hospital da Misericórdia e no edifício do auditório municipal, a queda de um muro sobre algumas sepulturas no cemitério de Rio Tinto e danos num viaduto da A28 foram outras das situações mais graves registadas no concelho de Esposende.
Na noite de segunda para terça-feira, os Bombeiros de Esposende e de Fão receberam 51 pedidos de ajuda, a maior parte dos quais referentes a inundações.
Os Serviços Municipalizados também responderam a 94 ocorrências, relacionadas com ruturas das redes de água e saneamento.
O presidente da Câmara de Esposende alertou as populações para estarem mais atentas aos alertas lançados pela Proteção Civil, tomando medidas para porem os seus bens a salvo.
A enxurrada provocou danos graves numa moradia em Rio Tinto, onde várias pedras entraram pelo piso térreo, e várias inundações na Rua Vasco da Gama, uma das artérias mais afetadas na cidade.
Benjamim Pereira sublinhou que naquela noite a chuva foi "completamente anormal" mas acrescentou que os estragos poderiam ter sido bem maiores se não tivessem sido realizadas mais de 200 ações de limpeza nos dias anteriores.