PCP vai questionar Passos Coelho sobre declarações do ministro da Economia sobre ajuda externa

PCP vai questionar Passos Coelho sobre declarações do ministro da Economia sobre ajuda externa
| Política
Porto Canal

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse na terça-feira que vai questionar o primeiro-ministro, Passos Coelho, sobre as declarações do ministro da Economia quando disse que o Governo não está a preparar um programa cautelar.

Jerónimo de Sousa, que falava na terça-feira aos jornalistas à margem da tomada de posse do novo presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, disse que pretende questionar Pedro Passos Coelho durante o debate quinzenal que se realiza na quarta-feira no parlamento.

"Parece haver três verdades. A verdade do primeiro-ministro, a do vice-primeiro ministro (Paulo Portas) e a do ministro da Economia (Pires de Lima). Vamos ver se as três verdades juntas não são uma grande mentira", afirmou.

O ministro da Economia afirmou na terça-feira que o Governo não está a preparar um programa cautelar, garantindo que o executivo "está totalmente coeso e unido" para concluir o atual programa financeiro.

"Todo o Governo está absolutamente coeso para concluir o programa de assistência e foi nesse espírito que eu falei da utilização de um seguro cautelar. É disso que se trata e isso está previsto para todos os países que cumpram", disse António Pires de Lima aos jornalistas à margem de uma conferência organizada em Lisboa pela Antena 1 e pelo Diário Económico.

"Não há nenhuma preparação nem eu tenho autoridade [para isso] porque não é o Ministério da Economia [que trata]. Não está a ser preparado", acrescentou.

Na segunda-feira, em Londres, e em entrevista à agência Reuters, o ministro disse que o Governo quer negociar um programa cautelar com Bruxelas e que estão mesmo a contar começar as negociações deste programa nos primeiros meses de 2014.

"Ainda temos algum trabalho pela frente, algum progresso que tem de ser alcançado. Mas o nosso objetivo é começar a negociar um programa cautelar nos primeiros meses de 2014", afirmou António Pires de Lima.

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