BE da Guarda contra o eventual encerramento de serviços públicos no distrito

| Política
Porto Canal / Agências

Guarda, 21 out (Lusa) - A Comissão Coordenadora Distrital da Guarda do Bloco de Esquerda (BE) manifestou-se hoje contra o eventual encerramento de mais serviços no distrito, por considerar que são "fundamentais para servir as populações".

O coordenador distrital do BE, Marco Loureiro, pronunciou-se hoje em conferência de imprensa sobre os vários problemas que atingem a Guarda e denunciou que após o fecho de escolas, de serviços de saúde e de postos dos CTT, o Governo prepara-se para "um novo ataque nas repartições de finanças do distrito".

De acordo com o mapa da alegada reorganização dos serviços de finanças, divulgado este mês pelo Diário de Notícias, vão encerrar no distrito da Guarda as repartições de Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Manteigas, Mêda, Pinhel, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa.

A confirmar-se a notícia, ficam apenas em funcionamento as repartições de finanças de Guarda, Seia, Gouveia e Sabugal.

O BE considera que as dez repartições de finanças que podem encerrar no distrito "são fundamentais para servir as populações".

"Se o mapa previsto for avante, estamos a falar de populações que terão que escolher deslocarem-se à Guarda ou a concelhos dos distritos à volta", denunciou Marco Loureiro.

Em sua opinião, o distrito da Guarda ficará a perder por duas razões: "a primeira por ser retirado mais um serviço às populações e a segunda porque as populações ao deslocarem-se a outros distritos vão dar uma ajuda financeira a esses distritos" nem que seja apenas "na deslocação e na alimentação".

Acrescentou que está em causa "a perda de um serviço de proximidade" e que o BE "antevê uma situação muito dramática" para o distrito.

Marco Loureiro apelou aos autarcas dos concelhos onde as repartições de finanças podem encerrar para que "se posicionem" e para que digam "se são a favor daqueles que os elegeram ou se são a favor da 'troika', de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas".

Na conferência de imprensa, o líder distrital do BE/Guarda também se mostrou preocupado por o novo pavilhão do hospital da Guarda estar pronto e continuar sem funcionar.

O BE exibe saber as razões do "adiamento sistemático da reabertura" e sublinha que "as populações também têm esse direito".

O responsável mostrou-se ainda preocupado com as baixas taxas de ocupação dos cursos nos Institutos Politécnicos do interior do país, incluindo o da Guarda, defendendo que o problema será resolvido caso a tutela "tenha coragem de fechar determinados cursos no litoral".

ASR // SSS

Lusa/fim

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