Nova equipa de gestão da CGD pendente de "questões processuais" - Finanças

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mai (Lusa) -- A nomeação do novo presidente do Conselho de Administração e das duas novas administradoras da Caixa Geral de Depósitos (CGD) está pendente de "questões processuais", disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças.

"Estão pendentes de questões processuais as alterações que possa haver na equipa, que é reforçada em torno do presidente José de Matos", disse o gabinete liderado por Vítor Gaspar, confirmando assim a manutenção do atual presidente executivo do banco público pelos próximos três anos.

Na quarta-feira, o presidente do Conselho de Administração da CGD, Faria de Oliveira, pediu formalmente para sair do cargo que ocupa, depois de já em novembro de 2012 ter manifestado verbalmente a mesma intenção ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

Para substituir o ainda 'chairman', segundo informações avançadas pela imprensa e confirmadas pela Lusa, o Governo vai nomear Álvaro Nascimento, diretor da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica do Porto e que atualmente é administrador não executivo da CGD.

Deverão ser também nomeadas como administradoras da CGD Ana Cristina Leal (atualmente no Banco de Portugal) e Maria João Carioca (da gestora de rede multibanco SIBS).

As nomeações para a administração pública têm, desde início de 2012, de passar pelo 'crivo' da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap). Segundo o jornal Público, o Governo enviou na terça-feira à noite um pedido de parecer à comissão e esta já deu 'luz verde' às nomeações de Álvaro Nascimento e Ana Cristina Leal.

Além de Faria de Oliveira, de saída da CGD estão ainda os administradores executivos Norberto Rosa e Rodolfo Lavrador.

Norberto Rosa, que tem o pelouro financeiro do banco público, faz parte da administração da CGD desde 2004 e completa este ano o seu terceiro mandato, pelo que não poderia ser reconduzido no cargo, devendo regressar ao Banco de Portugal.

Já Rodolfo Lavrador é o responsável pela área internacional da CGD e, segundo o Diário Económico, deverá deixar as atuais funções uma vez que "não terá cumprido os objetivos" estabelecidos para as operações internacionais do banco público.

Por seu turno, o administrador não executivo Pedro Rebelo de Sousa terá apresentado em meados de abril o seu pedido de demissão do cargo, de acordo com o mesmo jornal.

Já em dezembro, António Nogueira Leite tinha resignado ao cargo de administrador da CGD, por alegadas divergências com a restante equipa de gestores do banco.

A CGD, que tem como único acionista o Estado, realizou hoje a Assembleia-Geral anual ordinária que serviu para aprovar as contas de 2012, quando o banco registou prejuízos de 395 milhões de euros.

A reunião contou com a presença do secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, que apresentou a 'Carta Missão' do Governo para a Caixa, que diz que o banco público deve, até 2015, aumentar em 2.500 milhões de euros o crédito a empresas, sobretudo às Pequenas e Médias Empresas (PME) exportadoras.

Apesar de não fazer parte da agenda formal, na reunião foram ainda discutidos os novos nomes a integrar a gestão do banco público.

IM // MSF

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