Casino da Póvoa justifica despedimento coletivo com quebra de receitas
Porto Canal / Agências
Póvoa de Varzim, 18 out (Lusa) -- O Casino da Póvoa decidiu recorrer a um despedimento coletivo devido à quebra de receitas sentida desde 2008 e que só em 2013 representa uma descida de 12%, disse hoje fonte oficial do estabelecimento.
Em declarações à Lusa, a mesma fonte disse que o processo de despedimento coletivo denunciado pelo Sindicato da Hotelaria do Norte está e "irá decorrer normalmente, dentro do que é expectável".
"O que está na origem deste despedimento coletivo tem a ver com a quebra de receitas que estamos a ter desde 2008. Perdemos um terço das nossas receitas e isso leva-nos a ter que tomar algumas decisões de gestão como esta", afirmou fonte oficial do Casino da Póvoa, que destacou que este ano já viram as receitas cair de forma "bastante acentuada", em 12%.
O Sindicato da Hotelaria do Norte denunciou hoje um despedimento coletivo em curso no Casino da Póvoa, concessionado à Varzim Sol, abrangendo 21 trabalhadores e que garante ser "injustificado" e "discriminatório".
Em declarações à agência Lusa, o coordenador sindical Francisco Figueiredo disse ter-se iniciado hoje o "período de informação e negociação" do processo de despedimento coletivo, dirigido a 20 trabalhadores do setor do jogo e a um funcionário dos recursos humanos.
"É um processo que não compreendemos e que consideramos discriminatório e, evidentemente, ilegal", sustentou.
Para o sindicato, o despedimento coletivo - que terá sido justificado pela empresa com a atual situação económica do país - não tem sentido porque "o Casino da Póvoa dá lucro e é uma empresa equilibrada".
A este facto acresce que, segundo Francisco Figueiredo, o processo em curso é "discriminatório", já que "um terço dos trabalhadores afetados são dirigentes/delegados sindicais e membros da comissão de trabalhadores".
"Dos 10 representantes dos trabalhadores [no Casino da Póvoa], sete estão na lista do despedimento coletivo", afirmou, denunciando ainda que outro dos critérios alegadamente usado na seleção dos funcionários a dispensar foi a sua recusa em assinar os "acordos de polivalência" apresentados pela empresa "durante 2012 e 2013".
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