Marcelo deseja que autárquicas não interrompam governação socialista
Porto Canal com Lusa
Évora, 25 mai (Lusa) -- O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje o desejo de que as eleições autárquicas do próximo ano "não venham interromper a governação" e que exista estabilidade política "até ao final da legislatura".
"Veremos aquando das eleições autárquicas o que se passa ou não. O meu desejo é que as autárquicas não venham interromper a governação, mas vamos esperar", afirmou.
O chefe de Estado considerou que "o desejável é estabilidade até ao final da legislatura", frisando: "Nada de especulações, não haverá crise nenhuma, vamos continuar serenamente em estabilidade".
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas, no final de um encontro/debate com jovens na Universidade de Évora, a propósito de declarações suas, na terça-feira, em que disse que não dará um passo para provocar instabilidade no ciclo político que vai até às eleições locais, no outono de 2017.
Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que mantém o que disse na véspera, observando que "um governo quando nasce é para a legislatura" e que "esta legislatura tem umas eleições a meio, que são as eleições locais".
Perante a insistência dos jornalistas sobre qual a sua leitura para o futuro do Governo, o Presidente da República frisou que a sua postura "é não fazer leitura nenhuma que crie instabilidade".
As declarações de terça-feira do chefe de Estado foram proferidas aos jornalistas no final de uma visita ao Exército, no Regimento de Comandos, Amadora.
"Desiludam-se aqueles que pensam que o Presidente da República vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas. Depois das autárquicas, veremos o que é que se passa. Mas o ideal para Portugal, neste momento, é que o Governo dure e tenha sucesso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na altura.
Hoje, além das declarações em Évora, o Chefe de Estado disse ao jornal 'online' Observador não acreditar que o Governo do PS, liderado por António Costa, caia após as eleições autárquicas de 2017.
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