Ministra das Finanças garante coesão do Governo e diz não sentir preocupações do Eurogrupo

| Política
Porto Canal / Agências

Luxemburgo, 14 out (Lusa)- A ministra de Estado e das Finanças disse hoje não ter sentido qualquer preocupação do Eurogrupo sobre a coesão do Governo, sublinhando que a crise política "está completamente ultrapassada" e que o executivo está "coeso e determinado".

"Não senti da parte do Eurogrupo preocupações sobre essa matéria, não me colocaram qualquer questão sobre a coesão política, aliás eu já tinha tido ocasião, na última reunião, de explicar ao Eurogrupo que essa questão [da crise política de julho] estava completamente ultrapassada e que o Governo português está coeso e determinado no objetivo de conclusão do programa e de cumprimento das metas", afirmou Maria Luís Albuquerque.

A responsável pela pasta das Finanças falava numa conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, no Luxemburgo.

Questionada sobre a hipótese de um segundo resgate a Portugal, Albuquerque respondeu: "Eu não consigo imaginar neste momento o contexto em que essa discussão faria sentido".

"Acabámos de concluir a oitava e nona avaliações com sucesso, tivemos uma reação positiva dos mercados (...) estamos prestes a submeter ao parlamento um Orçamento que permite o cumprimento das metas do programa, portanto não há aqui nenhum enquadramento no qual faça sentido falar de um segundo programa, do que estamos a falar é da conclusão do programa que está em curso e que se aproxima do fim", reforçou.

A ministra de Estado e das Finanças adiantou ainda que na reunião desta tarde não houve qualquer "discussão em concreto" sobre um eventual apoio cautelar para a Irlanda após o fim do programa de assistência financeira, em dezembro, e que no que respeita a Portugal é "prematuro" falar no assunto.

"Ainda estamos a uma distância razoável da conclusão do programa, o programa português só se concluirá em junho de 2014 e é cedo, podemos começar a pensar nisso, mas não há ainda nenhuma discussão", referiu.

Maria Luís Albuquerque recusou ainda "especular sobre programas que não são o programa português", mas considerou que a decisão da Irlanda deverá resultar de "uma análise de custo/benefício entre as potenciais vantagens de um programa de apoio para regresso ao mercado" e "as condicionalidades que serão exigidas".

"Mas isso cabe aos membros da 'troika' e às autoridades irlandesas", assinalou, acrescentando que é sempre possível "tirar alguns paralelismos de outros programas" mas ressalvou que cada país tem "especificidades" que levam a soluções diferentes.

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