Líbia pede ajuda à Europa para conter emigração

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Porto Canal / Agências

Roma, 14 out (Lusa) -- O primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, disse hoje ao jornal italiano La Republica que pediu à Europa ajuda no controlo de fronteiras da Líbia para estancar os fluxos migratórios que cruzam o Mediterrâneo.

"Ao primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, e aos restantes líderes europeus digo-lhes que a Líbia deve receber ajuda para gerir este problema. O nosso país encontra-se numa situação atípica e o controlo dos problemas é impossível", disse Ali Zeidan.

O primeiro-ministro líbio sublinhou que a Líbia, país que é utilizado por milhares de emigrantes que querem entrar na Europa, não pode controlar nesta altura o "enorme" fluxo migratório.

"Nós queremos participar, queremos dar o nosso ponto de vista e creio que o problema destes imigrantes que entram no nosso país violando a lei, não pode ser resolvido com políticas exclusivas da Europa sem contar com os países de onde parte toda esta gente", referiu o primeiro-ministro líbio ao jornal italiano.

"Temos de recordar que acabamos de sair de uma ditadura de 40 anos", recordou o chefe do executivo líbio.

A entrevista de Zeidan ao jornal La Republica é publicada alguns dias após ter sido sequestrado por elementos das milícias líbias formadas a partir dos antigos grupos rebeldes que lutaram contra o regime de Tripoli.

O primeiro-ministro também pediu auxílio à "comunidade internacional" no sentido de garantir maior segurança no país.

"O mundo ajudou-nos a combater e a derrotar Mhuamar Khadafi. Também Itália, que prolongou a vida política do ditador, no final ajudou-nos. É por isso que a ajuda não pode interromper-se. Sozinhos não conseguimos", disse o primeiro-ministro da Líbia.

Ao longo das últimas semanas intensificaram-se as travessias irregulares do Mediterrâneo registando-se graves naufrágios que no dia 03 de outubro fizeram pelo menos 359 mortos e, na sexta-feira, em águas territoriais de Malta, o afundamento de uma embarcação fez mais de 30 mortos, a maior parte sírios que abandonaram o país por causa da guerra civil.

PSP // MLL

Lusa/fim

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