Republicanos acusam Obama de intransigência sobre tecto da dívida
Porto Canal / Agências
Washington, EUA, 12 out (Lusa) -- Os republicanos no Congresso norte-americano acusaram hoje o Presidente, Barack Obama, de ter recusado a proposta do partido sobre o teto da dívida, endurecendo o tom da discussão ao fim de dois dias.
"Fomos negociar e ele [Obama] não aceitou nenhuma proposta", declarou o representante Darrell Issa, à saída de uma reunião à porta fechada na manhã de hoje.
Entretanto, Barack Obama considerou "um feito positivo" que os republicanos da Câmara de Representantes tenham concordado com a necessidade de evitar a suspensão dos pagamentos, a dias de acontecer, ainda que tenha instado a que se ponha fim o quanto antes à paralisação da administração federal, que já vai no 13.º dia.
Por seu lado, o líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Eric Cantor, mostrou-se desapontado com o resultado das conversas entre os dois lados: "Neste momento, espero que o Senado resista e que todos os republicanos falem a uma só voz. Estamos a tentar encontrar uma solução tão depressa quanto possível".
De acordo com o diário Washington Post, o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, afirmou que as negociações entre a liderança do partido e a Casa Branca tinham terminado, na sequência da rejeição de Obama.
O Presidente norte-americano havia acordado na sexta-feira com Boehner continuar a dialogar, mas disse não aceitar a elevação do teto da dívida só por seis semanas.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, indicou que Obama quer um acordo "limpo", que não esteja condicionado à desistência da reforma da Saúde, legislada desde 2010, e a cortes em programas sociais para reduzir o défice.
Carney pediu aos republicanos para "não usarem a [ameaça] da suspensão de pagamentos como arma nas negociações" nem proporem um aumento do limite do endividamento de apenas seis semanas.
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