O projeto apresentado pelo PS para a redução do valor das portagens nas antigas Scut A22, A23, A24 e A25 foi aprovado pelo Parlamento na manhã desta sexta-feira. O projeto ficou com o voto favorável do PS, PCP, BE, PEV e do PAN, com a abstenção do PSD e do CDS

Quatro anos depois das autoestradas terem sido portajadas, o debate decorreu com o deputado socialista João Paulo Correia a defender a redução das portagens: “é uma proposta responsável”, que “não põe em causa a consolidação orçamental” e “cumpre o compromisso eleitoral assumido pelo PS”.

Paulo Sá do PCP afirma que a política de direita “foi empobrecendo as populações do interior do país”.

E o antigo presidente da Comissão de Utentes da Via do Infante, João Vasconcelos refere que as portagens das ex-Scut são “imoralidade e injustiça”, porque aquelas vias “serviriam para colmatar a falta de alternativas”.

Do lado do CDS-PP, Hélder Amaral acusou o PS de ter criado as Scut e de ser o responsável pela cobrança das portagens, afirmando que foi o “pior negócio e o mais ruinoso para o Estado em termos de portagens”.

Numa discussão acessa, João Luís Ferreira (PEV) respondeu a Hélder Amaral, afirmando que “quem pôs os pórticos a funcionar foi o Governo PSD/CDS-PP”: “Se era injusto, não os punham o funcionar. Era simples”.

O deputados do PSD Luís Leite Ramos rejeitou as responsabilidade na cobrança dos pórticos “Deviam ter vergonha quando não reconhecem que foram vocês que deixaram as dívidas ao país”, disse, dirigindo-se à bancada socialista.