FMI revê em alta dívida pública portuguesa para os 125,3% em 2014

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 09 out (Lusa) - O FMI reviu hoje em alta as projeções para a dívida públicas portuguesa este ano e no próximo, esperando agora que esta continue a crescer até 2014, altura em que deve atingir os 125,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

No 'Fiscal Monitor', uma publicação do Fundo Monetário Internacional (FMI) que foi hoje dada a conhecer, a projeção para o nível da dívida pública portuguesa face ao PIB esperado para este ano é agora de 123,6%, contra os 122,9% que previam em julho passado.

A mais recente previsão para o rácio de dívida pública feita pelo Governo foi entregue na segunda notificação de 2013 ao abrigo do Procedimento dos Défice Excessivos enviado a Bruxelas pelo INE a 30 de setembro, e dava conta de um aumento no rácio para os 127,8% este ano.

No entanto, o Governo e a 'troika' ainda não deram a conhecer as projeções atualizadas para a dívida pública este ano e no próximo decorrentes da atualização do cenário macroeconómico atualizado na oitava e nona avaliações do Programa de Assistência Económica e Financeira, cujas conclusões -- de forma muito geral - foram apresentadas na passada quinta-feira.

Assim, o FMI atualiza a projeção também para 2014 e espera agora que a dívida pública portuguesa suba para os 125,3% do PIB, um aumento de 1,1 pontos percentuais do PIB face à projeção atualizada em julho, de 124,2% do PIB.

A última projeção do Governo para a dívida pública em 2014 é de maio deste ano, e na altura previa-se que atingisse um máximo de 123,7%.

O FMI prevê ainda que Portugal tenha de amortizar mais dívida no próximo ano, 18,1 mil milhões de euros, contra 17,8 mil milhões de euros este ano, mas vê as suas necessidades de financiamento diminuírem em 1,2 mil milhões, isto se Portugal se mantiver em linha para reduzir o défice para os 4% no próximo ano como está acordado com a 'troika'.

Em 2015, o FMI diz que também estarão 18 mil milhões de euros em dívida pública a vencer e que as necessidades de financiamento devem cair novamente, desta vez para os 20,5 mil milhões de euros, em linha com a meta do défice de 2,5% acordada para esse ano. Mudanças nas metas implicam consequentemente maiores necessidades de financiamento para cobrir esse mesmo défice, algo que ainda não foi acordado nas avaliações terminadas na semana passada.

NM // VC

Lusa/fim

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