Timor aposta no aperfeiçoamento da Língua Portuguesa
Porto Canal / Agências
Lisboa, 08 out (Lusa) -- O vice-ministro da Educação de Timor Leste, Virgílio Smith, garantiu hoje em Lisboa que o processo de formação de professores timorenses em Portugal vai prosseguir porque o país precisa de "aprofundar o aperfeiçoamento" da Língua Portuguesa.
"Nós ainda continuamos com alguns problemas, sobretudo no domínio da língua e, por isso, temos envidado esforços na formação de professores", disse Virgílio Smith durante a cerimónia de assinatura do protocolo entre Timor e Portugal no âmbito do Projeto Partilha Pedagógica.
O acordo foi assinado na presença do ministro da Educação português, Nuno Crato, na Escola Secundária Rainha D. Leonor, em Lisboa, na presença dos 28 professores timorenses que chegaram agora a Portugal, onde vão permanecer durante dois meses e meio, destacados em várias escolas de todo o país.
O vice-ministro da Educação de Timor Leste recordou o acordo com as universidades do Minho e de Aveiro que levou à implementação do curriculum nacional de Timor-Leste e que já em 2013, um primeiro grupo de 20 professores timorenses recebeu formação em Portugal.
"Para o próximo ano vamos implementar o curriculum no 12º ano e, por isso, decidimos trazer mais professores, que vão ficar isolados do ambiente timorense. Para falarem mais português", sublinhou o governante timorense.
Para Nuno Crato, a aprendizagem do Português "é uma coisa fundamental" porque "une as pessoas", referindo-se às várias línguas que se falam em Timor-Leste, que tem como línguas oficiais o tétum e o português.
"Eu acho que Timor daqui a uns anos vai ser uma nação próspera. Vocês têm petróleo e têm professores", disse Nuno Crato durante o discurso de receção dos professores timorenses.
PSP // APN
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