Lisboa, 07 abr (Lusa) -- Três projetos de Lisboa, dois do Porto e um de Braga venceram a 4.ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, anunciou hoje a organização, numa cerimónia que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda.

Na cidade de Lisboa ficaram os galardões de melhor intervenção residencial para o Palácio do Contador-Mor, de melhor intervenção turística para o Pestana Pousada Lisboa e de melhor intervenção na capital para o projeto Travessa do Abarracamento de Peniche 15, atribuído por a cidade ser anfitriã do prémio.

A distinção de melhor intervenção de serviços e comércio foi para o projeto Casa Salabert, e-learning café do Jardim Botânico, no Porto, e a melhor intervenção com impacto social foi atribuída ao Palácio do Raio, em Braga, e ao Palácio do Bolhão, na cidade invicta.

A organização destacou ainda, com menções honrosas, o projeto Lisbon Workhub (Lisboa), que considerou a melhor intervenção com menos de mil metros quadrados, a Igreja e Torre dos Clérigos (Porto), para melhor intervenção de restauro, e a Travessa do Abarracamento de Peniche 15 (Lisboa) como intervenção com melhor solução de eficiência energética.

Este ano, o júri decidiu atribuir um prémio especial, devido à elevada qualidade das intervenções submetidas, distinção que foi arrecadada pelo projeto Restaurante Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos, na região do Porto.

O júri do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana de 2016 atribuiu ainda uma distinção especial para o Restaurante Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos, na região do Porto.

Segundo o diretor da iniciativa, António Gil Machado, "a elevada qualidade foi um denominador comum aos candidatos deste ano", considerando que reflete o bom trabalho de profissionais e empresas na área da reabilitação urbana, o que terá sido dificultado a escolha do júri.

"Tem sido muito gratificante ver como a reabilitação urbana se está a tornar uma realidade presente em tantas cidades portuguesas e em como os projetos que são desenvolvidos apostam na qualidade", frisou o responsável pela organização do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana.

Os vencedores da edição de 2016 foram eleitos por cinco jurados: os arquitetos João Mendes Ribeiro e João Pedro Falcão de Campos, o economista Augusto Mateus e os engenheiros João Appleton e Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI).

A 4.ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana recebeu 60 projetos a concurso, de 16 concelhos de norte a sul de Portugal continental e do arquipélago da Madeira, num total de 125.000 m2 de área reabilitada, informou a organização, referindo que as candidaturas este ano "crescem 15%".

Desde a primeira edição da iniciativa, que se realizou em 2013, já concorreram cerca de 200 projetos de reabilitação urbana, de 40 concelhos de todo o país, incluindo das ilhas.

Ao longo das quatro edições, o total de projetos corresponde a 37% candidatos à distinção de melhor intervenção residencial, 24% para melhor intervenção turística, 21% para melhor intervenção com impacto social e 18% concorrem para melhor intervenção de serviços e comércio, segundo dados da organização da iniciativa.

O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é organizado pela revista Vida Imobiliária e pela imobiliária Promevi, contado com o alto patrocínio do Governo, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura.

SYSM // ARA

Lusa/Fim