Deputado PS questiona Governo sobre encerramento de metade das finanças em Viana
Porto Canal / Agências
Viana do Castelo, 07 out (Lusa) - O deputado socialista Jorge Fão, eleito por Viana do Castelo, pediu ao Ministério das Finanças para clarificar se pretende encerrar repartições de Finanças em metade dos concelhos do distrito, indica um requerimento consultado hoje pela Lusa.
No documento, o deputado do PS questiona o ministério liderado por Maria Luís Albuquerque sobre se "confirma" que os concelhos de Caminha, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte da Barca e Valença "poderão ver encerradas as respetivas repartições de finanças". Ou seja, em metade dos concelhos do distrito de Viana do Castelo.
O deputado justifica este pedido com as recentes declarações de um membro do Governo e dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos, entre outras informações que apontavam "no sentido de proceder ao encerramento de um elevado número de repartições de finanças em todos os distritos do país, nomeadamente em Viana do Castelo".
"Os serviços de Finanças concelhios têm existência antiga e constituem um serviço público de proximidade dos cidadãos e das empresas espalhados por todo o território nacional pelo que, a confirmar-se este processo de encerramento, esse facto constituirá mais um rude golpe desferido contra os cidadãos, retirando-lhes esses serviços de proximidade", lê-se no documento, que já deu entrada na Assembleia da República.
Neste requerimento, Jorge Fão solicita ainda informação sobre "quais os critérios que sustentam as propostas de encerramento" destes serviços e se os mesmos "são iguais para em todo o país", mas também se as respetivas Câmaras Municipais "estão a ser informados e ouvidos neste processo".
"Estas decisões afetarão a vida social e económica das comunidades em todo o país e afetarão de uma forma mais intensa os distritos e particularmente os concelhos do interior, mais afastados dos principais centros de decisão e que já têm sido, nestes dois últimos anos, vítimas das mais diversas e permanentes subtrações de serviços", remata o socialista.
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