Actividades continuarão suspensas na próxima semana na escola Clara de Resende - Porto
Porto Canal / Agências
Porto, 04 out (Lusa) -- A diretora do agrupamento de escolas Clara de Resende, no Porto, afirmou hoje que a falta de funcionários vai continuar a afetar durante a próxima semana o normal funcionamento das aulas.
Em declarações à Lusa, Rosário Queirós disse que terá que suspender atividades na escola sede do agrupamento e que a situação deverá ficar "normalizada" a partir do dia 14, depois de contratação de novos funcionários.
A diretora viu-se obrigada a suspender as aulas na escola de 2.º, 3.º ciclos e secundário Clara de Resende no período da tarde de quinta-feira e de hoje devido à falta de funcionários, por "não conseguir assegurar a segurança dos seus alunos" naquele estabelecimento de ensino.
Rosário Queirós referiu, no entanto, que tudo fará para que não sejam sempre os mesmos alunos a ficar sem aulas, tendo já programado que os alunos dos 5.º, 6.º e 9.º anos não terão aulas nas manhãs de segunda e terça-feira.
Na quarta e na quinta-feira, adiantou, serão os alunos dos 2.º e 3.º anos da EB1 João de Deus, que pertence ao agrupamento, que não terão aulas à tarde.
Contactada pela Lusa, fonte da associação de pais da escola EB1 João de Deus afirmou concordar com esta opção da direção do agrupamento, que assim tenta não prejudicar sempre os mesmos alunos.
"A direção da escola contactou-me hoje para saber a minha opinião sobre o assunto", disse, acrescentando ter já conhecimento da autorizada dada na quinta-feira para a contratação de mais funcionários, num máximo de 44 horas diárias.
O Ministério da Educação e da Ciência (MEC) afirmou à Lusa que o agrupamento "estava dotado de 28 assistentes operacionais" até quinta-feira, dia em que a direção da escola informou a Direção de Serviços da Região Norte (DSRN) "sobre o horário de funcionamento das turmas num dos estabelecimentos de ensino do agrupamento e o número atualizado de alunos numa das escolas".
Na sequência desta informação dada pela direção do agrupamento, a DSRN atribuiu na quinta-feira "44 horas diárias (contrato a tempo parcial)", ou seja, autorizou já a contratação a tempo parcial de mais funcionários.
"Compete à direção do agrupamento, decorrente das competências próprias que legalmente lhe estão atribuídas, proceder a uma gestão equilibrada dos recursos humanos não docentes disponíveis", advertiu o MEC, garantindo ainda que "todas as situações de défice estão a ser objetiva e cuidadosamente analisadas e a ser supridas, quando comprovadas com essas necessidades".
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