Lisboa, 02 out (Lusa) - O diretor da StormHarbour Portugal, Paulo Gray, disse hoje que ninguém consegue prever qual "o melhor momento" quer para contratar quer para eliminar 'swap'.

"O nosso mandato era o de simplificar. É Impossível para mim e para qualquer pessoa nesta sala conseguir saber exatamente onde vai estar a taxa de juro daqui a duas horas, dois meses e dois anos", disse Paulo Gray, na comissão parlamentar de Inquérito à Celebração de Contratos de Gestão de Risco Financeiro ('swap') por Empresas do Setor Público.

Paulo Gray respondia desta forma ao deputado do CDS-PP, Hélder Amaral sobre se o Estado agiu bem ao cancelar contratos de derivados.

"Nunca vamos decidir quando contratar ou quando eliminar. Temos é de ter certo qual é o motivo que nos levou a fazer isso", disse, acrescentando que em mais de 25 anos de análise de mercados, ainda não tem a capacidade de dizer qual o melhor momento.

Paylo Gray foi ainda questionado pelos deputados do PCP Paulo Sá e do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre se a recomendação da StormHarbour de eliminar os 'swap' mais problemáticos também assentava num critério de risco.

Como exemplo deram os dois derivados financeiros da REFER contratados durante o período em que a atual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, foi diretora financeira daquela empresa, mas Paulo Gray apenas disse que o trabalho da consultora financeira teve por base a análise da complexidade.

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