Os acionistas da Portugal Telecom (PT) vão ficar com 38,1% do capital do operador resultante da fusão entre a PT e a Oi e com direito de voto, anunciaram hoje as duas empresas envolvidas no negócio.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as operadoras fazem, no entanto, depender esta participação de um aumento de capital de 2,7 mil milhões de euros (8 mil milhões de reais) ao preço médio das cotações ponderado pelo volume dos últimos 30 dias das ações da Oi (1,45 euros por ação ou 4,36 reais).

"Os acionistas da PT irão deter 38,1% do capital social circulante e com direito de voto da CorpCo", esclarecem.

A PT e a Oi anunciaram hoje que assinaram um acordo de intenções para a fusão das duas empresas, e das holdings da operadora brasileira, constituindo uma entidade única liderada por Zeinal Bava.

A CorpCo só avançará depois de a fusão ser aprovada por todos os acionistas das operadoras portuguesa e brasileiras, depois de realizado um aumento de capital na ordem dos 2,3 a 2,7 mil milhões de euros, e depois de sujeita à aprovação das entidades de regulação.

A transação, refere o documento, está prevista para o primeiro semestre do próximo ano.

A concretizar-se a operação, a CorpCo terá como presidente executivo Zeinal Bava, actual presidente executivo da da Oi e da PT Portugal, e como presidente não executivo ('chairman'), José Mauro da Cunha, atual 'chairman' da Oi. O lugar de vice-'chairman' será ocupado por Henrique Granadeiro, atual presidente executivo e 'chairman' da PT.

As ações da PT seguiam às 10:19 a negociar no Euronext Lisbon em alta de 16,18% para 3,95 euros.