Élio Maia justifica derrota em Aveiro por não ser "propagandista"
Porto Canal / Agências
Aveiro, 30 set (Lusa) -- O ainda presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, que se recandidatou como independente pelo movimento "Juntos por Aveiro" nas eleições de domingo, justificou a derrota por "não ser um propagandista" do trabalho que realizou.
"Já acabou a campanha e posso dizer isto: não sou político no sentido de ser um propagandista que se serve da comunicação social para, em relação a cada projeto, falar nele 50 vezes. Entendo que a missão de um autarca não é ter uma atitude balofa de promoção pessoal, para depois se guindar a outros patamares", declarou.
Assumindo a derrota, Élio Maia disse que "só resta acatar, com todo o respeito democrático, aquela que é a vontade das pessoas" - porque "os cidadãos votaram com toda a liberdade e fizeram a leitura da situação" -, mas não escondeu o desapontamento perante os resultados.
"Da nossa parte, fica algum desânimo por isto: parece que não vale a pena nós reduzirmos dívidas e aumentar o património e ter indicadores positivos de todas as entidades. Parece que reduzir 102 milhões de dívida e aumentar em 60 milhões o património não vale nada, reduzir o IMI para as pessoas não serem sacrificadas não terá muita importância e, portanto, as pessoas fazem a sua leitura em função da escala valorativa que têm, fazem a sua opção", comentou.
Élio Maia concluiu com o agradecimento à disponibilidade "de cerca de dois mil aveirenses que deram a cara e aceitaram participar nas listas e não ficaram de fora para criticar depois".
De acordo com os resultados finais oficiais, a "Aliança com Aveiro" (PSD/CDS-PP/PPM) liderada por Ribau Esteves obteve 48,63% dos votos e elege cinco vereadores, o PS com Eduardo Feio conseguiu 24,39% dos votos e mantém três vereadores, e o movimento independente "Juntos por Aveiro", do atual presidente da Câmara Élio Maia 10,14%, elegendo um único vereador.
MSO // JLG
Lusa/Fim