O secretário-geral do PS afirmou hoje que nunca sentiu que o seu lugar estivesse em causa nas eleições autárquicas e referiu-se às derrotas socialistas em Matosinhos ou Braga alegando que provam que o poder não é eterno.

"Nunca senti que a minha liderança estivesse em causa porque os militantes do PS reconfirmaram-na com uma votação muito expressiva em abril deste ano. O que estava em causa era uma mudança de políticas, dar esperança às pessoas e foi isso o PS conseguiu", respondeu António José Seguro na conferência de imprensa após vencer as eleições autárquicas de domingo.

Interrogado sobre a dimensão do triunfo do socialista António Costa em Lisboa, reeleito presidente da câmara com uma votação superior a 50 por cento, Seguro frisou que "não há nenhuma vitória do PS que seja uma derrota para o líder do partido".

"Todas as vitórias são vitórias do PS, com o mérito que os candidatos emprestam a essas vitórias. Em Lisboa, o dr. António Costa teve mérito na vitória do PS, como tiveram vários candidatos do partido", disse.

Neste contexto, António José Seguro destacou a "vitória histórica" do PS em Vila Real, a primeira desde 1976, e o facto de os socialistas terem reconquistado a autarquia de Coimbra.

"Ainda estamos à espera de resultados em Sintra e em outros concelhos", advertiu.

Confrontado com municípios em que o PS perdeu pela primeira vez, casos de Matosinhos ou de Braga, o líder socialista alegou que "nenhum partido consegue ganhar 308 câmaras".

"Nos casos citados, ficou claro que o poder não é eterno", respondeu o secretário-geral do PS.