Distrital do PS/Porto diz que partido se "reconciliou" com portuenses

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Porto Canal / Agências

Porto, 30 set (Lusa) - O presidente da Federação Distrital do Porto do PS, José Luís Carneiro, considerou hoje que os socialistas alcançaram "uma vitória clara" no distrito, onde ganharam quatro novas câmaras e perderam três, "reconciliando-se" com os cidadãos.

"O Partido Socialista reconciliou-se com o distrito do Porto. Subimos cerca de 5% nos resultados eleitorais: tivemos 34,36% em 2009, numa altura em que o Partido Socialista estava com a sua máxima força, e estamos, hoje, já próximos dos 40% em termos de votos, o que significa que o distrito está reconciliado com o PS", afirmou José Luís Carneiro em conferência de imprensa.

Felicitando os 6.000 candidatos que concorreram pelo PS no distrito do Porto nasa autárquicas de domingo, José Luís Carneiro destacou a conquista de quatro câmaras municipais - Vila Nova de Gaia, Gondomar, Valongo e Paços de Ferreira - e lamentou que o PS tenha ficado a apenas "70 votos" da vitória na Câmara Municipal de Paredes.

"Perdemos três autarquias - Amarante, Trofa e Matosinhos - e, naturalmente, em qualquer uma delas há dinâmicas locais que não dependem da vontade do presidente da federação distrital. Mas há uma vitória clara do Partido Socialista no distrito do Porto, nomeadamente em câmaras tão emblemáticas como Vila Nova de Gaia, Gondomar, Valongo e Paços de Ferreira, esta última onde o PS nunca tinha sido poder", destacou.

Além de um "reconhecimento de que o projeto e a estratégia" socialistas conseguiram "alicerçar-se no distrito do Porto", Carneiro - que foi reconduzido na presidência da autarquia de Baião - considerou que os resultados das autárquicas de domingo são também o "manifestar de um grande apoio ao secretário-geral do Partido Socialista".

A este propósito, José Luís Carneiro destacou que António José Seguro alcançou no domingo "um grande objetivo estratégico, que é o da maioria das câmaras da Associação Nacional de Municípios Portugueses", algo que o PS não conseguia desde 2001.

"Estamos de novo reconciliados com os cidadãos do distrito e, pelo que tenho ouvido hoje nas declarações de todo o país, também o país se reconciliou com o PS, que é, de novo, a alternativa com vista à alteração do rumo para o nosso país", sustentou.

Relativamente às três câmaras perdidas pelos socialistas no distrito do Porto, José Luís Carneiro apontou, no caso de Amarante, como causa direta a questão da limitação dos mandatos, que impediu a recandidatura de Armindo Abreu.

Já em Matosinhos e no Porto, o líder da distrital socialista destacou o impacto do "voto útil".

"Em Matosinhos [a derrota do PS, que apresentou como candidato António Parada] significa que os militantes do Partido Socialista não estavam em sintonia com a vontade dos cidadãos. Estou convencido que houve também o voto útil, tanto mais que o PSD se esvaziou por completo e se aliou ao candidato independente [Guilherme Pinto] para evitar a vitória do Partido Socialista na câmara municipal", disse.

Já no Porto, onde a "disputa eleitoral [foi] travada com muita intensidade", Carneiro recordou que, "há um ano atrás, seria impensável este resultado de Luís Filipe Menezes".

"Houve também aqui um voto útil no sentido em que muitos cidadãos do Porto entenderam que quem estava a ser o 'challenger' do dr. Luís Filipe Menezes era o dr. Rui Moreira [e não o candidato do PS, Manuel Pizarro] e canalizaram os seus votos para aquele que estavam a vislumbrar como o que podia alcançar a vitória", sustentou.

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