Guilherme Pinto com "maioria absoluta" em Matosinhos contra "ditadura dos partidos"
Porto Canal / Agências
Matosinhos, 29 set (Lusa) - O candidato independente à Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, disse hoje que venceu as eleições com "maioria absoluta", pondo termo a um bastião socialista com 37 anos, e considerou que se fez história ao derrotar a "ditadura dos partidos".
Com sede cheia e clima de festa intensa, Guilherme Pinto fez a declaração de vitória da noite eleitoral - que o reelege como presidente da câmara pelo terceiro mandato consecutivo - tendo dito aos jornalistas, no final, que esta derrota do PS é consequência da "falta de coragem" do secretário-geral socialista, António José Seguro, e da "falta de lucidez" do líder da distrital do PS/Porto, José Luís Carneiro.
Durante o discurso, o candidato independente diz que a vitória foi "clara" e "tranquila", sublinhando que o movimento "Guilherme Pinto Por Matosinhos" ganhou a câmara com "maioria absoluta", elegeu a presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos e conquistou as quatro uniões de freguesia.
"Fizemos história", disse por várias vezes Guilherme Pinto, que considerou que quando os cidadãos querem, não se fica sujeito "à ditadura dos partidos".
"Os partidos têm muito que mudar no seu funcionamento para continuarem a corresponder às expectativas dos cidadãos", considerou.
Em fevereiro, e na sequência da escolha de António Parada como candidato do PS à Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto desfiliou-se do partido onde militava há quase quatro décadas, tendo então deixado críticas à liderança socialista.
"Não basta tomar de assalto um aparelho partidário para poder ganhar a população. A população sabe muito bem quem quer, como quer e quem é que melhor lhe serve", atirou.
Na opinião do presidente da câmara reeleito, "Matosinhos virou hoje uma página", considerando que foi possível "acabar com os estereótipos" que determinavam que "o peso dos símbolos dos partidos era mais importante do que as pessoas".
"Os matosinhenses disseram que Matosinhos lhes pertence", reiterou.
Guilherme Pinto recordou as prioridades do emprego e da solidariedade, garantindo que a partir desta noite "Matosinhos vai passar a ter uma vivência tranquila".
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