Pires de Lima (CDS) diz que "melhoria" da economia "devia ser boa" para a oposição
Porto Canal / Agências
Albergaria-a-Velha, 27 set (Lusa) - Pires de Lima disse hoje que os dados positivos da economia deveriam ser bons não só para o Governo mas também para os partidos da oposição, sublinhando que são dados objetivos provenientes do INE e do Eurostat.
O atual ministro da Economia falava à margem de uma visita de caráter partidário à Polivouga, uma empresa de plásticos de Albergaria-a-Velha, que efetuou no âmbito da campanha do candidato do CDS à Câmara, António Loureiro.
"O Governo não manipula os dados do Eurostat e do INE, a vinda de turistas e o crescimento das exportações. São dados objetivos, que são mérito das empresas, dos gestores e dos trabalhadores, e se as coisas estão a correr bem é bom para o Governo, mas também deveria ser para os partidos da oposição e devia haver um sentimento de alívio de todos os portugueses", declarou.
Lamentando que "as boas notícias, que começam a ser evidentes, sejam apenas valorizadas e reconhecidas pelo governo", Pires de Lima mostrou-se convicto de que a economia portuguesa está a ter uma "viragem que deve ser protegida" e que essa tendência vai continuar.
"Os indicadores que temos, tanto de confiança como de produção e de exportações, auguram que se poderá confirmar no terceiro trimestre a tendência já verificada no segundo trimestre", disse.
Nesse sentido vão os indicadores de confiança dos agentes económicos, "que está em progresso já há 10 meses seguidos",ou a confiança dos consumidores, "que atingiu o seu melhor ponto neste mês de setembro, desde novembro de 2010", segundo dados oficiais do Eurostat e do INE, conforme sublinhou.
Pires de Lima classificou a Polivouga um "exemplo notável de uma empresa familiar portuguesa que, em circunstâncias adversas, tem investido em Portugal", com um crescimento superior a 10% este ano e que prevê continuar em 2014.
"São empresas como esta que estão a fazer este 'milagre', em circunstâncias muito difíceis, no meio de um programa de ajustamento financeiro e económico exigente", comentou.
Pires de Lima disse aos jornalistas ter recebido dos responsáveis da empresa um apelo para que "o governo continue na senda reformista", tornando o país mais atrativo ao investimento.
"Há um conjunto de medidas que já foram lançadas e outras que estão em preparação, e que serão conhecidas na apresentação do Orçamento do Estado para 2014, que são fundamentais para atrair investimento novo a Portugal e para a acelerar a execução dos investimentos em curso", deu conta.
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Lusa / Fim