A Pivot, empresa que comprou o banco Efisa, pode vir a ter novos acionistas

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 fev (Lusa) -- A empresa que comprou o banco Efisa, a Pivot, pode vir a ter novos acionistas, confirmaram os seus assessores na compra da entidade financeira, a Aethel Partners, num comunicado hoje divulgado.

A confirmação sucede à apresentação de um requerimento feita hoje por deputados socialistas para ouvir o antigo ministro do PSD Miguel Relvas e a ex-secretária de Estado do Tesouro Isabel Castelo Branco, em que pedem esclarecimentos dos "múltiplos episódios" da alienação do banco Efisa.

"Nos últimos dias, o país foi confrontado com a notícia de que Miguel Relvas passou a acionista da Pivot SGPS, decisão que apenas aguarda o parecer do Banco de Portugal. Em suma: o anterior Governo PSD/CDS-PP, liderado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, injetou 90 milhões de euros num banco que amanhã, caso o Banco de Portugal assim o decida, poderá ser de Miguel Relvas, ex-ministro e ex-número dois de Pedro Passos Coelho", sinalizaram os socialistas no texto de hoje.

No seu comunicado, em inglês, enviado à agência Lusa, a Aethel especificou que a Pivot lhe confirmou que há um grupo de pequenos acionistas que podem vir a entrar no seu capital, "se for determinado que são convenientes e que o seu envolvimento vai beneficiar a atividade comercial do banco Efisa".

A Aethel, que age enquanto conselheiro financeiro da Pivot na aquisição do Efisa, esclareceu que "estes pequenos acionistas não vão estar representados no conselho de administração da Pivot ou do Efisa e não vão ser ativos na gestão de qualquer das entidades".

Acrescentou que "a Pivot permanece confiante no seu plano de revitalizar o banco Efisa, através do crescimento no seu mercado doméstico e da internacionalização em novos mercados, incluindo Angola, Moçambique, Brasil e América Latina".

No texto, a Aethel assegurou que a Pivot é propriedade de Ricardo Santos Silva, Aba Schubert, Mário Palhares e António Bernardo.

No requerimento, os socialistas justificaram o pedido de audição daqueles ex-governantes com o facto de o primeiro ser candidato a acionista da sociedade que comprou o Efisa e por a segunda ter autorizado a recapitalização pública da entidade, num total de 90 milhões de euros.

O Efisa - banco de investimento do antigo BPN - foi adquirido pela sociedade Pivot: à altura da compra noticiou-se que a venda chegou a cerca de 38 milhões de euros, mas o texto socialista fala num montante de 32 milhões.

A Aethel salientou ainda que "o processo de venda do Efisa foi um processo público conduzido por conselheiros jurídicos e financeiros profissionais" e que " a compra pela Pivot foi analisada extensamente e aprovada pelo vendedor e seu conselheiros, bem como pelo órgãos relevantes do Estado".

O deputado socialista João Paulo Correia declarou hoje aos jornalistas que chegou a ser ponderada a possibilidade de chamar o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho à comissão, mas "nesta fase inicial" as audições de Relvas e Isabel Castelo Branco foram consideradas as mais importantes.

"Se os esclarecimentos não forem dados dentro do que esperamos, não hesitaremos também em chamar o ex-primeiro-ministro à comissão", asseverou.

RN(PPF) // ARA

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