Portugal entre os piores países da OCDE para trabalhar
Porto Canal (MYF)
Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), que mediu o emprego, o desemprego de longa duração, a segurança laboral, a precariedade e remuneração, revela que Grécia, Espanha, Turquia e Portugal são os piores países da OCDE para trabalhar. Em contrapartida, Islândia, Suíça e Noruega são os melhores. Espanha é o país que tem mais “medo de perder o emprego”.
Com base nos 34 membros, a OCDE mediu as taxas de emprego, o desemprego de longa duração e a segurança laboral, inserindo no estudo ainda o "medo de perder o emprego" e a remuneração média entre aqueles que estão empregados para criar o índice da qualidade do emprego. A média obtida é de 6,6 pontos. Em último está a Grécia com 1,5 pontos, segue-se a Espanha com 2,4 pontos, a Turquia com 3,8 e na quarta posição Portugal com 4,1 pontos.
O desemprego de longa duração é o ponto de avaliação que mais prejudica Portugal. A média da OCDE é de 2,8%, e o país regista uma percentagem bastante superior, 9,1%. A taxa de emprego é de 61% em Portugal, muito longe da taxa da Suíça (80%) ou da Noruega (75%).
O rendimento per capita também fica aquém. A média da OCDE é de cerca de 23.216 euros, mas Portugal fica pelos 18 mil euros. "E [em Portugal] há ainda uma diferença importante entre os mais ricos e os mais pobres - os 20% mais favorecidos da população ganham quase seis vezes mais do que os 20% menos favorecidos", adianta a organização.
Espanha é o país com mais “medo de perder o emprego”, com uma percentagem de 17,8%, mais do triplo da média (5,4%) dos 34 países membros. Portugal regista 8,6%. A Suíça (2.º lugar) e a Alemanha (8.º lugar) são os países europeus onde o medo de perder o emprego é menor, registando apenas 3% e 3,1%, respetivamente.