Em 2011 existiam em Portugal 5.289 filiais de empresas estrangeiras - INE

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 27 set (Lusa) - Em 2011 existiam em Portugal 5.289 filiais de empresas estrangeiras não financeiras que representavam quase 22% do volume de negócios e 20% do Valor Acrescentado Bruto a preços de mercado (VABpm), daquele setor, informou o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), estas filiais estrangeiras representavam um peso de 1,5% no total das sociedades não financeiras, mas empregavam mais de 12% do pessoal ao serviço.

O mesmo instituto refere que mais de 75% das filiais estrangeiras tinham o seu centro de decisão num país da União Europeia (UE), com destaque para Espanha, cujas empresas representavam 26% do total e 16,1% do VABpm.

As empresas controladas por capitais oriundos de países Extra-UE representaram 24,6% do total e realizaram cerca de 23% do volume de negócios por aquelas gerado, sendo os Estados Unidos o país com o maior peso neste indicador dentro dos países Extra-UE.

Espanha, Alemanha, França, Estados Unidos, Reino Unido e Holanda foram responsáveis por mais de 76% do VABpm gerado pelo total de filiais estrangeiras em Portugal.

Quanto ao comércio internacional de bens, mais de 31% das filiais estrangeiras registaram exportações de bens no ano 2011.

As filiais de empresas estrangeiras correspondiam "a apenas 3,9% do número total de empresas exportadoras de bens em 2011, mas concentravam quase um terço do valor global exportado (32,1%)", explica o INE.

O instituto refere que os países da UE dominavam as transações destas empresas com o exterior e destaca os veículos e outro material de transporte como o principal grupo de produtos exportado, com um peso de 29,4%, assumindo assim uma maior preponderância face à totalidade das empresas exportadoras, ocupando a segunda posição, com um peso de 12,9%.

O gabinete de estatísticas português destaca ainda o contributo das filiais estrangeiras para o total de despesas internas em investigação e desenvolvimento (I&D), da ordem dos 37%.

De acordo com o INE, apenas 6,2% das filiais estrangeiras eram grandes empresas, mas ainda assim, sublinha, estas deram "um contributo decisivo" para os principais indicadores económicos, empregando 66,3% das pessoas ao serviço e realizando mais de 60%, quer do volume de negócios, quer do VABpm gerados pelas filiais estrangeiras em Portugal.

As empresas de grande e média dimensão foram as que mais contribuíram para o investimento em ativos fixos tangíveis, 50,5% e 30,8%, respetivamente.

Por setores, mais de 73% das filiais estrangeiras concentravam-se no comércio e serviços, tendo o setor da construção o menor número de filiais estrangeiras, na ordem dos 6,5%.

O setor da Indústria concentrava 20% do total das empresas controladas por capitais estrangeiros e foi o que mais contribuiu para o VABpm gerado, em 35%.

O INE justifica que no atual contexto de globalização à escala mundial, a produção de estatísticas sobre a estrutura e a atividade das filiais estrangeiras em Portugal "assume importância acrescida".

JMG // ATR

Lusa/fim

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