OE2016: Comissão Europeia diz ser muito cedo para falar sobre valores para défice

| Economia
Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 28 jan (Lusa) -- A Comissão Europeia afirmou hoje ser "demasiado cedo para falar acerca de números", num comentário a uma notícia sobre o défice poder chegar a 3,4%, em vez dos 2,6% inscritos no esboço orçamental para 2016 que Portugal enviou para Bruxelas.

"É demasiado cedo para falar acerca de números", referiu fonte comunitária à agência Lusa, recordando que a Comissão está a avaliar o esboço de orçamento e que decorrem contactos com as autoridades portuguesas.

Em conferência de imprensa, o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, informou estarem peritos de Bruxelas em Lisboa para negociar um Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) que esteja "em coerência" com as regras europeias e os compromissos assumidos por Portugal.

"É muito importante mantermos negociações estreitas, construtivas e, espero, conclusivas nos próximos dias, com a perspetiva comum de trabalharmos no sentido de que o orçamento português esteja, finalmente, em coerência com as regras do Pacto [de Estabilidade e Crescimento -- PEC] e com os compromissos assumidos por Portugal neste quadro", disse Moscovici, em Bruxelas.

Citando fontes europeias, a TVI noticiou que Bruxelas, numa primeira análise, admitiu que o défice vai chegar aos 3,4% este ano e possa subir para 3,5% em 2017.

O canal televisivo indicou que as contas da Comissão Bruxelas também antecipam um crescimento económico de apenas 1,6%, abaixo dos 2,1% previstos no documento do Governo, que terá apresentado um "orçamento demasiado otimista".

Acerca da carta enviada na quarta-feira pela Comissão Europeia para o ministro das Finanças, Mário Centeno, o comissário disse hoje ser procedimento já usado noutros casos e "levou a clarificações e compromissos suplementares que evitaram que a comissão tivesse que pedir um novo projeto de orçamento".

O Ministério das Finanças tinha comentado que o pedido de esclarecimentos da Comissão "é normal" e dá início à análise do documento, assegurando que vai responder às questões colocadas.

PL (IG/ACC/SP) // MSF

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