Meirinhos compara Bragança às "arábias cobertas de ouro" com o povo a sofrer

| Política
Porto Canal / Agências

Bragança, 26 set (Lusa) -- O candidato do PS à Câmara de Bragança, Júlio Meirinhos, comparou, na quarta-feira à noite, os últimos 16 anos de executivo social-democrata no concelho "às arábias cobertas de ouro" com o povo "a sofrer".

Meirinhos reiterou, num comício em Bragança, que é necessário "um novo rumo, uma mudança tranquila", que para o candidato socialista também passa pela redução de impostos municipais contra os que defendem que não é possível porque a autarquia tem de arrecadar receitas.

"Às vezes mais me parece aquelas vidas de príncipes africanos ou das arábias, que têm sempre belos palácios cobertos de ouro e depois têm o povo cá fora a sofrer", afirmou.

O candidato, que criticou a "era do betão" do atual executivo, questionou porque não agora "diminuir a carga fiscal" que "arrasa" os munícipes.

"A Câmara pode baixar a taxa do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e retribuir os cinco por cento de IRS que é recolhido pelas Finanças e que vai para-a s Câmaras", indicou.

Júlio Meirinhos defendeu que a economia também está ao alcance das autarquias e deu o exemplo de Miranda do Douro, onde chegou a presidente de Câmara aos 23 anos e que transformou na "Andorra portuguesa", com um fluxo de visitantes espanhóis que ainda hoje animam o comércio local.

Aos adversários que lhe apontam como desvantagem não ser de Bragança, o candidato mirandês retorquiu que não necessita "desse aparelho fidalgo chamado GPS para estar em todo o sítio".

"Pior do que isso é alguns precisarem um GPS em Lisboa e no Porto ou em Bruxelas, onde se tem que procurar a vida para a nossa terra", ironizou.

Meirinhos contra-argumenta com os "30 anos de experiência autárquica e política" e tem repetido na campanha uma máxima que se tornou célebre na comitiva socialista: "mais vale um ano de tarimba que cinco de estudos em Coimbra".

Além de Júlio Meirinhos, concorrem à Câmara de Bragança Hernâni Dias (PSD), José Castro (CDU), Telmo Cadavez (CDS-PP), Gil Gonçalves (BE) e o independente Humberto Rocha, pelo movimento "Sempre Presente".

HFI // JLG

Lusa/fim

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