Carteira de ativos geridos pelas seguradoras atingiu os 48.000 ME em março - ISP

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 mai (Lusa) -- A carteira total de ativos geridos pelo setor segurador em Portugal atingiu os 48 mil milhões de euros em março, dos quais 27% foram investidos em dívida pública, disse hoje o presidente do Instituto de Seguros de Portugal (ISP).

José Figueiredo Almaça, que falava na Comissão de Economia, Finanças e Administração Pública da Assembleia da República, no âmbito da audição anual às entidades reguladoras do setor financeiro, disse ainda que o setor aplicou 47% em dívida privada.

"Daí a importância que o setor tem na economia real, pois tem estado a financiar as empresas e o Estado", salientou.

Apenas 2% da carteira foi investida em ações, devido ao "caráter prudencial" que é fundamental neste tipo de atividade.

O presidente do ISP realçou também o facto de a margem de solvência das empresas de seguros ser "muito positiva", tendo a sua taxa atingido os 229% no final de 2012.

Em março, o valor estimado para este indicador situava-se em 240%, o que atesta "a boa saúde" do setor segurador no país.

"Nos últimos seis anos, o reforço dos capitais próprios elevou-se a cerca de 1.000 milhões de euros", avançou.

José Almaça falou ainda aos deputados do resultado líquido das companhias de seguros, tendo dito que o resultado estimado em março deste ano aponta para os 137 milhões de euros, quando atingiu os 531 milhões de euros no ano passado.

O responsável disse também que o valor global dos fundos de pensões registou no primeiro trimestre um montante próximo do observado em 2012, ano em que as contribuições atingiram os 864 milhões de euros e 512 milhões em benefícios pagos.

Quanto à evolução da produção global de seguros diretos, José Almaça explicou aos deputados que esta se situou em 10,2 mil milhões de euros, menos 5,4% do que no ano anterior, com o ramo vida a cair 6,2% e os ramos não vida a diminuírem 3,7%.

"A queda nos prémios do ramo vida explicaram-se pelos muitos resgates de seguros, pois os bancos tinham necessidade de depósitos para reequilibrarem os seus rácios de capital", lembrou.

"O crescimento da produção em 15,5% no ramo vida nos primeiros três meses deste ano dá alguns sinais de que algumas entidades do setor financeiro já não estão a necessitar de tantos recursos", enfatizou.

O presidente do ISP falou igualmente do aumento da sinistralidade nos ramos não vida e dos custos com os sinistros, situação que não é alheia aos tempos de crise.

Sobre os Planos Poupança Reforma (PPR) revelou que ocorreram 2.745 resgates nos três primeiros meses deste ano, com um valor médio ponderado de 447 euros.

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