Incêndio no Cachão deixou trabalhadores em sobressalto

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Porto Canal / Agências

Cachão, Mirandela, 25 set (Lusa) -- O incêndio que deflagrou, na terça-feira, no complexo do Cachão deixou em sobressalto os trabalhadores das empresas ali instaladas como Catarina Moreira que perdeu uma noite de sono para se assegurar que continua a ter trabalho.

Perto das duas da manhã e a poucas horas do início de mais uma jornada, Catarina teve a garantia de que a fábrica de transformação de castanha onde trabalha não foi afetada pelo fogo, apesar de contígua ao armazém em chamas e de inicialmente ser apontada como o local onde o acidente se deu.

"Quando cheguei aqui, vi este aparato todo e temi muito pela fábrica onde trabalho, porque são muitos postos de trabalho na altura da campanha", contou à Lusa.

A campanha da castanha inicia-se já em outubro e a fábrica onde trabalha vai dar emprego até janeiro ou fevereiro a 76 mulheres e 12 homens.

Catarina é de uma aldeia próxima, Vale da Sancha, e desloca-se diariamente para o trabalho no complexo que alberga mais de um dezena de empresas responsáveis por perto de uma centena de postos de trabalho permanentes, para além dos sazonais.

Na terça-feira à noite ligaram-lhe para casa a dizer que havia um incêndio no "Cachão" e foi correr ver o que se passava.

Às duas da manhã ainda olhava as chamas na esperança de que realmente fiquem confinadas ao armazém contíguo que guardava toneladas de restos de plástico para reciclagem.

Mais de uma centena de bombeiros conseguiram confinar as chamas ao armazém e embora as operações no terreno ainda se vão prolongar "muitas horas" nenhum posto de trabalho se perdeu.

"Aqui não temos grande indústria para poder trabalhar, o que temos é isto", observou Catarina, que acabou por regressar a casa mais descansada.

Nas primeiras horas da manhã dificilmente as fábricas adjacentes ao armazém em chamas poderão laborar, como adiantou o comandante operacional da Proteção Civil, Noel Afonso.

O antigo Complexo Agroindustrial do Cachão (CAICA) recebeu o nome da aldeia onde está instalado e foi durante largos anos o principal empregador da região, mas acabou por falir.

Em 1993, as Câmaras de Mirandela e Vila Flor assumiram a administração do antigo complexo agora denominado AIN- Agro Industrial do Nordeste.

O complexo nunca regressou aos tempos áureos em que empregou mais de mil pessoas na transformação de produtos agrícolas.

Atualmente estão instaladas no local, segundo o administrador António Morgado, oito empresas, mais um matadouro, alguns pequenos produtores de mel, uma associação e um restaurante de apoio ao complexo.

"Ao todo são perto de cem postos de trabalho", como frisou à Lusa.

HFI // DM.

Lusa/fim

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