Membro das Pussy Riot transferida para cela de isolamento após denúncia de maus tratos

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Porto Canal / Agências

Moscovo, 24 set (Lusa) -- Os serviços penitenciários russos informaram hoje que Nadejda Tolokonnikova, uma das integrantes do grupo feminista 'punk' russo Pussy Riot detida desde agosto de 2012, foi transferida para uma cela de isolamento.

Nadejda Tolokonnikova, de 23 anos, iniciou na segunda-feira uma greve de fome para denunciar alegadas ameaças de morte e as condições desumanas que enfrenta na prisão.

"Tolokonnikova foi colocada num local que é considerado como seguro dentro do campo de detenção. Não é uma cela com fins disciplinares", afirmou um porta-voz dos serviços penitenciários russos, citado pela agência noticiosa Interfax.

"Ela está numa cela isolada com sete metros quadrados, com condições confortáveis: uma cama, um frigorífico e uma casa de banho", indicou o mesmo representante.

Nadejda Tolokonnikova, que está a cumprir uma pena de prisão de dois anos num campo de detenção para mulheres na região da Mordóvia (a cerca de 600 quilómetros a este de Moscovo), denunciou na segunda-feira, através de uma carta divulgada publicamente, que as detidas daquele estabelecimento prisional são sistematicamente humilhadas e reduzidas ao estado de "escravas".

Em outro documento, dirigido à justiça russa, ao diretor dos serviços penitenciários russos e ao delegado dos Direitos Humanos Vladimir Loukine, a jovem acusou o diretor-adjunto do campo de detenção, Iouri Kouprionov, de a ter ameaçado de morte no passado dia 30 de agosto, após as suas denúncias sobre as condições de trabalho e do quotidiano das prisioneiras.

Num comunicado, os serviços russos que tutelam a execução das penas rejeitaram todas as acusações.

Antiga estudante de Filosofia e mãe de uma criança de cinco anos, Nadejda Tolokonnikova foi condenada em agosto de 2012, com outras duas integrantes do grupo 'punk' Pussy Riot, a dois anos de prisão por um tribunal de Moscovo por "vandalismo" e "incitamento ao ódio religioso".

As jovens entraram encapuzadas em fevereiro de 2012 na catedral do Cristo Redentor (ortodoxa) em Moscovo e cantaram uma canção de protesto na qual pediam à Virgem para "perseguir" o Presidente russo, Vladimir Putin.

Uma das três jovens foi libertada, mas Nadejda Tolokonnikova e Maria Alekhina, que recusaram assumir-se como culpadas, continuam detidas.

SCA // MLL

Lusa/Fim

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