"É preciso parar com a alienação de património no Porto" - BE

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 20 set (Lusa) - O candidato do BE à Câmara do Porto disse hoje que "nos 12 anos de coligação PSD/CDS, a cidade foi alvo de um saque de 100 milhões de euros de património", defendendo que "é preciso parar" com as alienações.

José Soeiro deu como exemplo o edifício das "oficinas da Câmara, onde funciona a empresa municipal Domus Social, que já não pertencem à autarquia".

O candidato bloquista referiu também os "vários prédios que foram adquiridos pela Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica, para que se pudesse fazer reabilitação urbana, e que foram alienados numa política de especulação imobiliária".

Soeiro defendeu a sua proposta junto a um "outdoor" eleitoral com a mensagem "A nossa cultura, o nosso património, não os damos de bandeja".

Esse "outdoor" encontra-se colocado junto ao nó da avenida de Fernando de Magalhães com a VCI, no sentido Areosa-centro, fazendo parte de uma série de sete estruturas análogas dedicadas a questões como a habitação e a desigualdade social e concebidas por vários artistas plásticos.

A candidatura liderada por José Soeiro elegeu quatro prioridades eleitorais, que são "a questão da habitação, da democracia, da resposta à crise social e a devolução dos equipamentos públicos à cidade".

"Sabemos que há um mito que se instalou na cidade e que é preciso desfazer, que é a suposta gestão rigorosa da Câmara Municipal do Porto", justificou.

Soeiro disse que a cidade sofreu "um saque" no seu património, "que foi passado para mãos privadas pela câmara PSD/CDS".

"Para parar este saque é preciso uma resposta alternativa à direita que tem governado e alienado o nosso património e a esquerda que tem estado acomodada nestes últimos anos na cidade", sustentou.

O BE aproveitou esta iniciativa eleitoral para "chamar a atenção" para os "equipamentos simbólicos que fazem parte da história, da identidade e da memória da cidade", que devem manter-se na esfera pública e que "estão hoje ameaçados por algumas das propostas de candidatos que se apresentam a estas eleições".

O candidato mencionou, entre outros, o Teatro Rivoli, que "deve ser uma âncora da política municipal" para a cultura, e o Bolhão, que "deve ser requalificado como mercado público e não concessionado".

Para além de José Soeiro, concorrem à Câmara do Porto Luís Filipe Menezes (PSD/MPT/PPM), Manuel Pizarro (PS/PAN), Rui Moreira (independente), Nuno Cardoso (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (PTP).

AYM // MSP

Lusa/fim

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