Fábrica norte-americana prevê pelo menos 630 postos de trabalho em Viana do Castelo
Porto Canal
A fábrica que o grupo BorgWarner está a construir em Viana do Castelo deverá empregar pelo menos 630 trabalhadores, disse hoje à Lusa fonte da administração da multinacional norte-americana.
Esta instalação resultará da transferência gradual, até 2015, da produção da atual unidade de Valença para a nova fábrica, que já começou a ser construída no Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo.
A administração da multinacional, que produz acessórios para a indústria automóvel, garantiu à Lusa que todos os cerca de 550 postos de trabalho de Valença serão mantidos na fábrica de Viana do Castelo, "incluindo trabalhadores temporários".
Aos trabalhadores que aceitem a mudança para Viana do Castelo a empresa assegurará, gratuitamente, o transporte, numa viagem diária de cerca de 100 quilómetros.
Esta nova fábrica, construída para assegurar a expansão e aumento da capacidade produtiva, representa um investimento de 25 milhões de euros.
A administração da BorgWarner prevê que, além dos atuais postos de trabalho, a força laboral, depois de transferida a produção, deverá aumentar "pelo menos em mais 80 trabalhadores" na fábrica de Viana do Castelo.
"Mas, começando a trabalhar com vários clientes em novos projetos, esperamos que esse número ainda aumente", sublinhou a mesma fonte.
A nova fábrica, que está a ser construída desde agosto, inclui 15.000 metros quadrados de área de produção e um "espaço adjacente para uma futura expansão".
A empresa admite que esta "maior capacidade de produção" permitirá "servir eficientemente os clientes com várias tecnologias ecológicas". Como os radiadores de recirculação dos gases de escape (EGR), tubos EGR e módulos de controlo de velas incandescentes, "tecnologias chave para motores modernos tendo como objetivo a redução das emissões", acrescentou a administração.
A construção da nova fábrica integra a estratégia da BorgWarner de expansão da produção da tecnologia de arranque a frio para motores 'diesel', surgindo também para "satisfazer a crescente procura" de tecnologias EGR.
Aquele grupo é um dos maiores produtores mundiais de acessórios para a indústria automóvel, com 57 fábricas instaladas em 19 países. Trabalha para praticamente todos os grandes construtores automóveis.