PS acusa PSD de insultar portugueses sobre preço do gás de botija

| Política
Porto Canal / Agências

Guimarães, 19 set (Lusa) - O PS considerou hoje que o PSD revelou desconhecimento da realidade e insultou muitos milhares de portugueses ao caracterizar como "populismo saloio" a proposta de António José Seguro para uma descida do preço do gás de botija.

A resposta dos socialistas foi dada pelo dirigente Miguel Laranjeiro a meio de uma arruada no centro histórico de Guimarães, que contou com a presença do secretário-geral, António José Seguro, e que se inseriu na campanha do candidato do PS à presidência da Câmara desta cidade, Domingos Bragança.

Na Sertã, o porta-voz do PSD, Marco António Costa, considerou que a defesa da descida do preço do gás de botija feita pelo secretário-geral do PS durante a campanha autárquica "cheira a populismo demasiado saloio".

Na resposta, o secretário nacional para a Organização do PS, Miguel Laranjeiro, disse que a posição do PSD sobre o preço das botijas de gás constitui "um insulto a muitos milhares de portugueses que apenas têm acesso ao gás através de botijas e não ao gás natural".

"Isto é próprio de quem desconhece o país real e de quem não conhece as dificuldades de milhares e milhares de portugueses em relação ao pagamento do gás ou da luz, necessidades básicas. O PSD em vez de responder a questões sobre como diminuir o desemprego, como ultrapassar a crise medonha que existe em Portugal, quer entreter-se a fazer oposição à oposição", criticou o dirigente socialista.

Interrogado sobre a globalidade das críticas que têm sido feitas pelo porta-voz do PSD ao PS, Miguel Laranjeiro afirmou que o seu partido "não responderá a provocações".

"Mas sempre que o PSD, através de qualquer porta-voz, fizer ataques às famílias, aí sim terá resposta do PS. Daremos sempre resposta em defesa dos portugueses", declarou Miguel Laranjeiro.

Na arruada de Guimarães, o secretário-geral do PS percorreu as ruas do centro histórico ao lado do candidato socialista a presidente da Câmara, Domingos Bragança, e do presidente cessante, António Magalhães.

Numa cidade tradicionalmente de maioria socialista, Seguro ouviu homens a cantarem à desgarrada e muitos apoiantes do PS ofereceram-lhe rosas.

O único momento de tensão aconteceu já perto do Largo da Oliveira, quando um grupo de estudantes universitários resolveu aplicar uma praxe académica a alguns caloiros, obrigando-os a gritar "PSD, PSD" junto aos apoiantes socialistas.

Muitos socialistas ficaram revoltados e reagiram gritando "palhaços, palhaços".

Nenhum incidente grave aconteceu porque rapidamente surgiu a explicação que se tratava de uma brincadeira própria da praxe académica e não de uma provocação proveniente de supostos apoiantes do PSD.

PMF // PGF

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