"Verdes" dispostos a entrar pela "porta de esperança para uma mudança"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 03 dez (Lusa) - O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, disse hoje que a moção de rejeição de PSD e CDS-PP ao Governo é antes uma "moção de lamentação" e disse que ambos os partidos foram "desamigados" pela maioria dos eleitores.

"Por falar em amigos, que o ex-vice-irrevogável gosta tanto, depois de quatro anos em que o estado da relação era complicado, PSD e CDS foram desamigados pela larga maioria dos eleitores e ainda não se conformaram", ironizou Pedro Filipe Soares na sessão de encerramento do debate do programa do XXI Governo Constitucional, da responsabilidade do PS.

O líder do CDS-PP e antigo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, defendeu na manhã de hoje que o primeiro-ministro, António Costa, "escolheu os seus BFF [best friends forever, traduzível para melhores amigos para sempre]" Catarina Martins e Jerónimo de Sousa para o legitimarem enquanto líder do Governo.

Mantendo o tom em expressões ligadas à Internet e novas gerações, Pedro Filipe Soares pediu a Portas e à direita para "não se irritarem com os resultados eleitorais", que são "parte da democracia".

"Se se transformarem numa minoria ressentida, ninguém vos compreenderá. Se o que marcar a intervenção da direita for o fel que se sentiu neste debate, não serão desculpados. Aliás, nem a vossa história vos perdoará", vincou, num discurso em que citou os antigos dirigentes do PSD e CDS-PP Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, falecidos há 35 anos na queda do avião em que seguiam e que se despenhou em Camarate.

O líder parlamentar bloquista advertiu que a realidade "tem sido muito dura para a larga maioria das pessoas", e por isso "se fez um acordo que uniu partidos diferentes, por isso se fez este caminho que viabiliza o Governo".

"Esta fase da vida política tem novidade, é certo. Tem debate, necessariamente. Mas tem compromisso e esse é o principal alicerce", sustentou.

Para Pedro Filipe Soares está já iniciado o caminho de "reposição de rendimentos e salários, descongelamento de pensões, defesa das famílias, mais justiça fiscal", mas há que "aprofundar a dimensão programática do acordo" firmado com o PS.

"Há ainda muito por onde o fazer. Os grupos de trabalho propostos marcam esse caminho e dão conta das prioridades, sempre para a melhoria da vida concreta das pessoas", declarou também.

E concluiu: "Hoje fica na plenitude dos seus direitos o XXI Governo constitucional. Será o governo de todas e todos os portugueses e a todas e todos eles representa. É um governo reforçado por uma postura exigente da Assembleia da República".

PPF // SMA

Lusa/Fim

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