Pressão da "esquerda radical" contra reformas estruturais é o maior risco - Catroga

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 nov (Lusa) - O ex-governante Eduardo Catroga considerou hoje que a pressão negativa dos partidos mais à esquerda contra o aprofundamento de reformas estruturais é o maior risco para o sucesso da política económica do Governo liderado por António Costa.

"O que eu acho que mais pode penalizar o crescimento potencial do país a prazo, com esta cedência à esquerda radical, é que vai haver uma inação estrutural", lançou o economista, sublinhando que "o aprofundamento das reformas estruturais é necessário para continuar o processo de adaptação da economia portuguesa à globalização, ao aumento da concorrência internacional na atração de poupança e de investimento".

E realçou: "Como os partidos mais esquerda são contra o modelo de globalização, são contra a economia de mercado, são contra a União Europeia e são contra o euro, vão constituir uma força de pressão negativa no aprofundamento dessas reformas estruturais. Este é o maior risco".

Na sua opinião, "vai ser muito difícil a António Costa, e vai ser o grande desafio, conseguir a terceira via, isto é, agradar simultaneamente aos mercados, à União Europeia, aos credores e financiadores, e também à esquerda radical".

Daí, Catroga antecipou que "em determinado momento, esse dilema virá à superfície",

Questionado pelos jornalistas à margem do Fórum "Novos caminhos para o crescimento", organizado pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), num hotel em Lisboa, sobre se acredita que o novo executivo tem condições para se manter no poder durante os quatro anos de mandato, Catroga vincou que "em política, seis meses é uma eternidade".

DN // ATR

Lusa/fim

+ notícias: Política

Montenegro tem "comportamentos rurais" e Costa é "lento por ser oriental", aponta Marcelo 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem "comportamentos rurais" e que o seu antecessor, António Costa, é "lento por ser oriental". As declarações foram proferidas, na noite desta terça-feira, durante um jantar com jornalistas estrangeiros. 

Marcelo defende que não fez apreciações ofensivas e que Montenegro "vai surpreender"

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira as afirmações que lhe foram atribuídas num jantar com jornalistas estrangeiros na terça-feira, considerou que não fez apreciações ofensivas e que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "vai surpreender".

Chega, BE e PCP contra direção executiva do SNS. PS e Livre querem explicações

Chega, BE e PCP manifestaram-se esta quarta-feira contra a existência da direção executiva do SNS, com a IL a defender que não deve ser extinta, enquanto PS e Livre pediram mais explicações ao Governo.