Redação, 18 set (Lusa) - O consumo privado e o investimento apresentaram reduções menos intensas em julho e o indicador de clima económico acentuou em agosto a tendência de recuperação registada desde o início do ano, segundo o INE.

Segundo a síntese económica de conjuntura de agosto hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de atividade económica, disponível até julho, apresentou uma redução menos expressiva relativamente ao mês anterior.

Já a informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo (ICP) revelou "diminuições homólogas menos intensas da atividade económica nos serviços e na construção e obras públicas", enquanto na indústria se observou "uma redução mais expressiva em julho, interrompendo a trajetória ascendente anterior".

Em julho, o indicador quantitativo do consumo privado registou uma diminuição homóloga "ligeiramente menos intensa em julho, refletindo o contributo negativo menos acentuado da componente de consumo duradouro".

Quanto ao indicador de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), também diminuiu de forma menos expressiva em julho, "em resultado da evolução das componentes de construção e de material de transporte, destacando-se o primeiro caso".

Relativamente ao comércio internacional de bens, em termos nominais, as exportações e importações tiveram variações homólogas de 3,2% e 3,3% em julho (que comparam com 6,1% e 2,9% no mês anterior), respetivamente.

Em agosto, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) apresentou uma taxa de variação média nos últimos doze meses de 1,0% (1,3% em julho), sendo que a variação média nos últimos doze meses do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) diminuiu para 1,1% (1,4% no mês anterior).

De acordo com o INE, em agosto o diferencial entre o IHPC de Portugal e da Área Euro (AE) situou-se em 0,7 pontos percentuais negativos (menos 0,6 pontos percentuais em julho).

Na AE, em agosto, os indicadores de sentimento económico e de confiança dos consumidores "recuperaram significativamente", tendo os preços das matérias-primas e do petróleo registado variações em cadeia de menos 2,0% e 1,5% (6,9% e 5,7% em julho), respetivamente.

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