Artista Pedro Vaz vai estar a pintar o Jardim Botânico de Coimbra durante um ano

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 18 nov (Lusa) - O artista plástico Pedro Vaz vai estar a pintar "continuamente", durante um ano, o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, numa iniciativa integrada na bienal de arte contemporânea da cidade, que está a decorrer.

A pintura vai ser realizada numa tela de 4,5 metros por 1,5 metros, no patamar dos canteiros do Jardim Botânico, procurando "captar" o jardim e as suas mudanças ao longo de um ano.

Para isso, o artista vai usar a tela "como um palimpsesto", em que se pinta por cima de um suporte já utilizado, "registando as mudanças do tempo e das estações no Jardim", explanou o diretor da bienal de arte contemporânea Anozero, Carlos Antunes.

A pintura vai começar depois da bienal Anozero terminar - 29 de novembro -, sendo que, para captar o jardim e as suas constantes alterações, o artista vai recorrer à técnica de "pentimento", um processo artístico em que a alteração à pintura é feita quando o trabalho criativo ainda está a decorrer.

A instalação vai ser visível a partir de uma das entradas do Jardim Botânico, atrás da estátua de Avelar Brotero.

Para Carlos Antunes, esta é mais uma prova da vontade da organização da bienal de que esta perdure para lá "dos 30 dias de festa". "Não queremos que o Anozero seja uma festa de dois em dois anos".

Carlos Antunes falava durante a apresentação do espaço "Speaker's Garden", também integrado na bienal, e que tem por objetivo ser um espaço de encontros e de acolhimento de atividades não pré-programadas do Anozero.

O espaço, dotado de cadeiras e que contou com a requalificação de um quiosque, pode ser utilizado para "discussões, conversas ou encontros fortuitos", mediante agendamento e reserva junto da organização da bienal, explanou o diretor do Jardim Botânico, António Gouveia.

A vice-reitora da Universidade de Coimbra, Clara Almeida Santos, aproveitou a apresentação do "Speaker's Garden" para fazer um balanço da bienal, que arrancou a 31 de outubro, constatando que tem vindo "muita gente de fora de Coimbra", particularmente jovens, para visitar os espaços da bienal.

Clara Almeida Santos referiu ainda que esta primeira edição da bienal é também "um momento de aprendizagem" para se perceber como fazer o evento em 2017.

"Temos consciência de que há aspetos a melhorar", disse a vereadora da Cultura da Câmara de Coimbra, Carina Gomes.

A primeira edição da bienal de arte contemporânea "Anozero" junta nomes consagrados e jovens artistas que, em mais de 20 exposições, dialogam com o edificado de Coimbra, na zona classificada como património mundial e não só.

A bienal tem obras e exposições em lugares tão distintos como o café Santa Cruz, o Jardim Botânico, o Museu da Ciência, o Museu Nacional Machado de Castro, o Colégio da Graça ou a Biblioteca Joanina, contando com a presença dos artistas Julião Sarmento, Francisco Tropa, António Olaio, Rui Chafes, Matt Mullican, Lawrence Weiner e Adriana Varejão, entre outros.

A bienal é organizada pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, em conjunto com a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Coimbra.

JYGA // MAG

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