Redação, 17 set (Lusa) - O desemprego diminuiu, pela primeira vez, em vários semestres, no Tâmega e Sousa, apesar de afetar ainda 45.626 pessoas, revelam dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

No período de fevereiro a agosto de 2013, a redução foi pequena em termos percentuais (0,62%), com os números a apontarem para desempenhos muito distintos entre os 12 municípios daquele território.

Desde o final de 2010, a região perdeu mais de 12.000 postos de trabalho.

Para o resultado global positivo do Tâmega e Sousa no último semestre muito contribuíram os resultados de Felgueiras, onde o desemprego diminuiu 13,5%, o que se traduz no ganho de 443 postos de trabalho. A taxa de desemprego neste concelho é de cerca de 9,5%, cerca de metade da média da região (18,25%).

Os resultados positivos de Felgueiras têm sido atribuídos por empresários e sindicalistas locais ao bom desempenho da indústria de calçado.

Também com um resultado bastante positivo no mesmo período apresenta-se Amarante, com uma diminuição de 211 pessoas inscritas no centro de emprego. Em termos percentuais, esse número corresponde a uma diminuição de 4,15%. Apesar disso, Amarante ainda apresenta uma taxa de desemprego próxima dos 20%.

Castelo de Paiva também contribui para a diminuição nos números do desemprego do Tâmega e Sousa, com menos 160 pessoas inscritas no centro de emprego.

Com resultados positivos, mas com menor expressão, emergem ainda Baião, Cinfães, Marco de Canaveses e Penafiel.

A evolução de Penafiel evidencia-se, porque contrasta com as sucessivas subidas verificadas desde 2010.

Ao invés, em Paredes, Paços de Ferreira e Lousada mantém-se a tendência dos últimos semestres, com perdas sucessivas de centenas de postos de trabalho.

De fevereiro a agosto, Paredes perdeu 321 empregos. Neste concelho, onde predomina a indústria de mobiliário, estão registados 8.801 desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego superior a 20%, a mais elevada do Vale do Sousa.

Em Paços de Ferreira, o número de inscritos nos centros de emprego aumentou 175 e em Lousada 117.

Em termos absolutos, os concelhos de Cinfães e Resende mantêm-se com as taxas de desemprego mais elevadas do território, ambas superiores a 27%.

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